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Transformando a segregação e a discriminação por meio do diálogo

Traduzido e adaptado do editorial do Seikyo Shimbun de 10 de setembro de 2021

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REDAÇÃO

11/09/2021

Transformando a segregação e a discriminação por meio do diálogo

Vinte anos dos ataques terroristas nos Estados Unidos

No dia 11 de setembro de 2021, completam-se 20 anos dos ataques terroristas nos Estados Unidos, uma tragédia sem precedentes que expandiu a segregação e a discriminação em todo o mundo.

Em outubro de 2001, os Estados Unidos iniciaram a invasão armada no Afeganistão para derrubar o regime Talibã da época que ocultava a organização responsável pelo ataque às Torres Gêmeas. Porém, no último mês de agosto, com a retirada das tropas norte-americanas do país, os talibãs assumiram novamente o controle e chocaram o mundo. A avaliação sobre esses 20 anos de ocupação ficou dividida e, embora seja necessário aguardar o julgamento da história, veio novamente à tona o problema das intervenções armadas.

Na mesma época da invasão ao Afeganistão, começaram a aumentar os crimes de ódio contra o islamismo na Europa e nos Estados Unidos, onde esse tipo de violação, que até então não passava de 30 casos por ano, subiu para 481 em 2001.

Posteriormente, os Estados Unidos continuaram a guerra contra o terrorismo, tais como o ataque ao Iraque em 2003.

Desde essa época, os casos de terrorismo, principalmente no Oriente Médio, multiplicaram-se, juntamente com a ascensão da organização radical Estado Islâmico (EI). Um exemplo disso foram os ataques terroristas em Paris, na França, em 2015. Alguns deles foram motivados por pessoas que carregavam um sentimento negativo provocado pela falta de oportunidades, como jovens insatisfeitos com o país onde nasceram e cresceram e por descendentes de imigrantes de origem islâmica que sofriam discriminação.

Por que o terrorismo se repete? A Dra. Keiko Sakai, da Universidade de Chiba, no Japão, afirma em sua obra A História Atual após 11 de Setembro [em tradução livre]: “Mesmo que o Estado Islâmico caia em declínio e perca a força, enquanto houver pessoas marginalizadas, deprimidas e desistentes em diversas partes do mundo, ele não irá desaparecer”.

Certa vez, Ikeda sensei escreveu numa proposta de paz: “Sem diálogo, o ser humano é obrigado a continuar caminhando pelas trevas da ‘justiça própria’. É como se o diálogo fosse a tocha a iluminar os pés no meio da escuridão para descobrir o caminho a ser trilhado” [em tradução livre].

Neste mundo de profunda confusão, a missão da Soka Gakkai, que avança levantando a bandeira do humanismo da igualdade de todas as pessoas e tendo o diálogo como eixo, é cada vez maior. É desejável que avancemos com a convicção de que o diálogo com a pessoa diante dos nossos olhos é o primeiro passo para desbravar a “década da máxima importância para a humanidade”.

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