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há 6 meses
Dia da Consciência Negra
Redação
20/11/2024

Você já pensou na imensa contribuição do povo negro para o Brasil? E o quanto a sua arte e a cultura moldaram o mundo em que vivemos?
O Dia da Consciência Negra foi criado para refletirmos sobre essas questões e, principalmente, para relembrarmos a luta dos africanos escravizados no passado e a luta contra o racismo. É também uma oportunidade para reforçar a busca por uma sociedade verdadeiramente justa, sem distinção de gênero, cor da pele, sexualidade e condição socioeconômica.
Um dos episódios mais cruéis da trajetória humana foi a escravidão. Entretanto, apesar das condições brutais, os negros conseguiram manter as tradições, adaptar práticas e criar expressões culturais que se tornaram pilares de muitas sociedades ao redor do mundo.
O Budismo de Nichiren Daishonin ensina sobre a igualdade entre todos os seres humanos. Na primeira viagem de Daisaku Ikeda aos Estados Unidos, enquanto caminhava por um parque em Chicago, ele viu algumas crianças brincando com bola sob o olhar de um idoso. Cada criança que chegava era convidada a se juntar ao grupo. Foi então que chegou um garoto que ficou olhando, mas ninguém o convidou. Era um garoto negro. Todos o ignoraram, inclusive o idoso. Quando um dos meninos caiu, o menino negrou riu em voz alta. E o idoso esbravejou contra ele, que retribuiu com um olhar cheio de rancor e foi embora chateado. Esse episódio está no volume 1 da Nova Revolução Humana, de autoria de Daisaku Ikeda, que registrou sua indignação e determinação diante da discriminação racial:
O rosto de Shin’ichi turvou-se de tristeza. Quis correr atrás do pequeno garoto, mas já o havia perdido de vista. Sem perceber, cerrou as mãos que tremiam. “Como uma sociedade podia admitir tamanha injustiça contra uma criança?”, pensou Shin’ichi tomado de profunda indignação. [...] O Budismo de Nichiren Daishonin ensina a dignidade e a igualdade inerentes em todos os seres humanos, considerando-os “filhos do Buda” e “torres de tesouro”, conforme exposto no Sutra do Lótus. Shin’ichi percebeu que seria vital despertar nas pessoas a profunda visão humanista ensinada por Daishonin. A única solução para o problema da discriminação era promover a revolução humana de cada pessoa. Em outras palavras, uma reforma interior nas profundezas da vida para transformar o egoísmo, que justifica a subjugação de outros, em humanismo, que luta pela convivência pacífica.¹
No Brasil, a luta contra a discriminação racial continua sendo essencial, pois, apesar de alguns avanços, o racismo estrutural ainda está presente em diversas áreas da sociedade, como no mercado de trabalho, na educação e no sistema de justiça. O movimento de consciência negra busca não só combater essas desigualdades mas também promover a inclusão e o empoderamento da população negra, visando uma sociedade mais justa e equitativa.
Dia 20 de novembro. Que todos possam pensar sobre a luta do povo negro, reconhecer as contribuições da cultura negra para a sociedade e promover a conscientização sobre a igualdade racial.
Refletir e agir tendo como base a dignidade de todas as pessoas é essencial e o primeiro passo para que a sociedade como um todo melhore.
Fonte:
https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-nacional-da-consciencia-negra.htm. Acesso em: 19 nov. 2024.
Nota:
1. IKEDA, Daisaku. Nova Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 1, p. 140-143, 2019.
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