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há 6 anos
“Viva a união dos povos! Viva a paz mundial!”
Reitor da Universidade Federal de Sergipe dá palestra na Convenção da Paz dos Jovens de Hiroshima
17/08/2019

REDAÇÃO
O dia 6 de agosto de 1945 ficou marcado como um dos mais tristes da história mundial. Mais de 90 mil pessoas morreram instantaneamente, atingidas por uma bomba atômica que devastou a cidade japonesa de Hiroshima. Ao completar 74 anos da tragédia, a Soka Gakkai de Hiroshima se mobilizou para realizar a tradicional pesquisa de opinião sobre a paz com estudantes e promoveu encontros para ouvir as experiências dos sobreviventes, vítimas dessa catástrofe — iniciativas que selam o juramento pela abolição das armas nucleares e para acabar com as guerras.
No dia 4, a Divisão dos Jovens (DJ) organizou a Convenção da Paz, no Memorial Ikeda da Paz de Hiroshima, com a presença do reitor da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Dr. Angelo Roberto Antoniolli, palestrante convidado. No último dia 2, a UFS congratulou o Dr. Daisaku Ikeda com o título de doutor honoris causa em cerimônia na Universidade Soka (leia na ed. 2.478, p. 10).
Na convenção, também foi anunciado um novo item à Declaração pela Paz, proposta pelo presidente Ikeda e definida pela DJ em 2009. À época, o movimento pela abolição das armas nucleares estava estagnado no mundo, tendo o Ikeda sensei proposto a criação de uma declaração que consolidasse o compromisso de abolir o armamento nuclear da face da Terra. Em resposta, os jovens de Hiroshima elaboraram a Declaração pela Paz e, a partir de então, promovem-na tendo como diretrizes cinco itens:
1. Jamais iremos tolerar o uso de armas nucleares.
2. Estaremos na vanguarda para concretizar o juramento de mestre e discípulo de abolir as armas nucleares.
3. Protegeremos resolutamente a dignidade da vida.
4. Ampliaremos as redes de solidariedade da paz com o “coração de Hiroshima”.
5. Criaremos um mundo sem armas nucleares com a força e a paixão dos jovens.
Nesta convenção comemorativa dos dez anos da Declaração pela Paz, foi anunciada a adição de um novo item: “Transmitiremos os pensamentos pela paz dos três primeiros presidentes da Soka Gakkai por toda a eternidade”.
Impactado com o movimento dos jovens, Dr. Antoniolli ressaltou: “Assim como o presidente Ikeda afirma, os jovens são a esperança do futuro. Tenho a firme certeza de que, com vocês, conseguiremos conquistar uma sociedade pacífica!”.
Dr. Antoniolli destacou o trabalho realizado pela UFS para mudar o Brasil pela educação dos jovens. Segundo ele, seu desejo é dar aos jovens as bases de uma educação libertadora em que a dignidade da vida seja inegociável. “Trabalhamos no sentido de preparar uma geração de jovens que obtenham sucesso na vida profissional e crescimento na vida pessoal, pautados pela ética e combatendo todas as formas de opressão, de injustiça, de impunidade, de corrupção e de exploração do homem pelo homem.”
Ele trouxe aos jovens a assertiva de que, apesar de diferentes povos, nações e culturas, pertencemos à espécie humana, o que impõe à sociedade o empenho de se unir em prol da felicidade de todos. E citou a obra Educação Soka, do líder da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, para reforçar a ideia de que a felicidade verdadeira só pode ser desfrutada nas interações entre seres humanos. “Tem razão o Dr. Ikeda. A felicidade deve ser o objetivo de toda pessoa e de todos os povos. Precisamos continuar sonhando. Que possamos sonhar com um mundo em que a educação nos leve à felicidade e à paz. Que as desigualdades entre pessoas e povos sejam mitigadas. Que a dignidade da vida seja como uma flor que se cultiva e que se colhe num jardim bem cuidado.”
Sua esperança na capacidade humana para o bem foi também destaque em suas palavras. Disse que, apesar de os conflitos humanos não cessarem, a humanidade continua lutando para alcançar a paz. Ele afirmou que os conflitos são gerados quando o ser humano se fecha apenas na sua realidade. Assim, manifesta sua profunda expectativa em relação ao movimento da Soka Gakkai, que atua na promoção da paz a partir de cada pessoa, fazendo-a despertar para nobres ideais.
Ao final, o reitor da UFS afirmou que Hiroshima se reergueu dos horrores da bomba atômica se tornando modelo de esperança e de paz. “O Japão ainda tem muito o que ensinar ao mundo. E tem o que aprender. Todos nós temos o que ensinar e aprender. Hiroshima é a cidade-símbolo da luta pela paz. Que a Chama da Paz acesa nesta cidade em 1964, na esperança de um mundo sem armas nucleares, faça os homens compreenderem a necessidade de que tais armas devem ser definitivamente banidas da face da Terra. Viva a união dos povos! Viva a paz mundial!”
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