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Quando você muda, tudo se transforma

A família Magalhães é um verdadeiro exemplo de força, persistência e fé

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16/12/2021

Quando você muda, tudo se transforma

Integrante da Coordenadoria Centro-Sul Fluminense (CCSF), a família Magalhães se resume extremamente unida. A BSGI, assim como o Budismo de Nichiren Daishonin, chega até os familiares por intermédio da matriarca Leusa Magalhães. Uma mulher forte que, durante muito tempo, sofreu com as irresponsabilidades do marido, levando uma vida de altos e baixos, passando fome e mudando frequentemente de casa para que não fossem despejados. Quem nos conta sobre isso é Leila Magalhães Rodrigues, filha de Leusa, tão forte quanto a mãe.

Aos 13 anos, Leila viu a mãe sair para tirar a segunda via do documento de identidade e ser presa sem saber o porquê. “Meu pai a fazia assinar vários papéis em branco, falsificando a assinatura dela num cheque sem fundos. Assumi a casa por um ano, sendo pai e mãe de meus quatro irmãos. Em 1978, ele saiu de casa e nos deixou literalmente na rua. Nós nos dividimos em casas de parentes e depois fomos morar num quarto com a ajuda de uma amiga. Apesar de tudo, minha mãe não sentia raiva e nos criou com base na união. Entre nós, filhos, não existem brigas.”

É em meio a esse cenário que Leusa, a mãe, encontra a BSGI e o budismo. Era abril de 1979 e, na época, a Soka Gakkai enfrentava a primeira problemática do clero. A pessoa que os apresentou ao Budismo Nichiren deixou a organização, mas eles receberam o Gohonzon em 16 de novembro de 1980, lado a lado com o Dr. Daisaku Ikeda, presidente da Soka Gakkai Internacional (SGI).

“Minha mãe abraçou o Gohonzon e se dedicou intensamente a todas as lutas. Escreveu muitas cartas para Ikeda sensei, as quais foram respondidas. Conseguiu ter a casa própria, eliminando o carma de despejo. Encerrou sua missão dignamente em 2007, recebendo considerações do Mestre, inclusive o plantio de uma árvore no Centro Cultural Campestre (CCCamp) da BSGI.”

Leusa deixou como legado o Gohonzon aos filhos e hoje os netos e bisnetos são praticantes também.


Sorriso grandioso

Leila Magalhães relata que sentia tanta raiva do pai que se tornou amarga e fechada. “As pessoas não se aproximavam de mim com medo, pois eu não sorria para ninguém. Minha mãe vivia falando, ‘Dá um sorriso, cumprimenta as pessoas’, e eu, nada. Educadamente, comentavam com ela: ‘A sua filha é tão diferente da senhora’.”

Leila revela que a oração foi crucial no processo de mudança: “Recitei muito daimoku e li diversas orientações do Mestre e vários escritos de Nichiren Daishonin para entender que meu pai foi apenas a relação externa para manifestar nosso carma. Hoje, consigo orar por sua iluminação”. Ela destaca uma frase do Ikeda sensei da qual gosta muito:


Quando você muda, todo o ambiente também muda. Essa é a regra básica infalível da nossa revolução humana. Elevando alto a grandiosa filosofia da esperança, recitem sempre daimoku, incansavelmente, e façam com que os ventos da “eternidade, felicidade, verdadeiro eu e pureza” se tornem fragrância em sua vida. E ampliando cada vez mais o movimento pela paz e pela felicidade das pessoas, vamos concretizar a construção da terra da felicidade com muito ânimo e jovialidade em nossa localidade!1


A cada oportunidade, em que recebia uma nova função na organização, Leila confessa divertidamente que pensava: “Preciso melhorar essa ‘cara’. Sentia como se Daishonin me dissesse: ‘Você está recebendo mais uma oportunidade para mudar; aproveite’. Eu me esforço ao máximo!”.

Leila se define uma mulher batalhadora. Sempre trabalhou fora de casa para ajudar a mãe e nunca deixou de participar das atividades da Soka Gakkai, mesmo quando a filha nasceu. “Eu me locomovia de ônibus, levando-a nos braços. Hoje, ela é líder de bloco e faz o mesmo com meus netos.” Momentos especiais? Ela relata: “Encontrei-me com Ikeda sensei pessoalmente no Festival Cultural de 1984 e na Academia Brasileira de Letras (ABL), em 1993. Tive ainda a boa sorte de participar de dois cursos de aprimoramento no Japão. Só alcançamos um grande e radiante avanço quando tiramos as dúvidas que se instalam no coração. Há vinte anos estou casada com um budista de ‘tirar o chapéu’. Somos aposentados e dedicamos nosso tempo para ‘fazer feliz todas as pessoas com quem temos relação’”.

Atualmente, como vice-responsável pela Divisão Feminina (DF) da Coordenadoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro (CGERJ), Leila se dedica às visitas e aos diálogos, oportunidades em que aprende com as demais integrantes da DF.


Jovens de decisão

A garra da família Magalhães se estende e se desdobra nas gerações seguintes, sendo dois exemplos Anderson e Adriana.

Desde pequeno, Anderson Magalhães foi envolvido na órbita da Soka Gakkai. Com naturalidade, sua mãe, Denise, sempre o levava com ela nas visitas e atividades. Ele conta que um momento inesquecível aconteceu quando tinha 12 anos. “Minha avó insistia diariamente para que eu entrasse para o Sokahan (grupo de treinamento da Divisão Masculina de Jovens [DMJ]). Eu era muito preguiçoso e tinha medo de ter grandes sonhos. Nesse período, ela me fez vencer na prática diária durante um ano e o ponto marcante foi que ela faleceu exatamente na semana da minha primeira atuação no grupo. Entendi que sua missão comigo estava cumprida.”

Anderson afirma que, devido à sua avó, nunca se afastou da prática e venceu inúmeros desafios, como nos estudos, na saúde, na área profissional, no relacionamento e em todos os campos de atuação. “Tenho plena convicção de que, por ter o Gohonzon, sou capaz de vencer qualquer desafio. Agradeço por estar construindo uma vida vitoriosa com o Mestre, tendo sempre minha família e bons amigos ao meu lado. Minha decisão é, sem falta, empreender uma grande marcha da esperança, incentivando todas as pessoas ao meu redor e conduzindo-as à felicidade”, assim decide Anderson que, aos 27 anos, atua como coordenador da Divisão dos Estudantes (DE) da CGERJ.

Na continuidade do forte legado das mulheres da família está Adriana Magalhães. Também aos 27 anos, atua como vice-responsável pela DE da Sub. Engenho Novo e como vice-responsável pelo Cerejeira (grupo de bastidor da Divisão Feminina de Jovens [DFJ]) da CCSF. Mesmo nascendo numa família budista, ela considera que iniciou a prática com 12 anos, ao ingressar no Cerejeira, quando passou a recitar daimoku e gongyo diariamente. “Ter crescido vendo a prática da minha avó, da minha mãe e das minhas tias é meu maior tesouro. É a certeza de que posso vencer qualquer adversidade e realizar qualquer sonho por meio do daimoku. Sou profundamente grata por ter nascido em um lar budista. Minha mãe, Kátia, sempre me levou com ela nas atividades e tive a boa sorte de crescer no ambiente da Gakkai.”

Foram muitas vitórias em diversos aspectos, como desarmonia familiar, dificuldades financeiras e problemas de saúde. Adriana se formou em publicidade, trabalha na área e constantemente renova a decisão: “Continuarei a me desenvolver como ser humano de referência na sociedade, expandindo minha vida por meio dos estudos, e a concretizar todos os meus sonhos com gratidão a Ikeda sensei, ao lado de minha família, amigos e companheiros”, enfatiza a jovem.

Essa é a história da família Magalhães que, por meio da fé e da dedicação ao kosen-rufu, venceu a fome, a falta de moradia e encontrou no Budismo Nichiren e na Soka Gakkai a razão de viver e ser feliz!


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Leila (segunda a partir da dir.) entre integrantes do grupo Sumirê da DF no CCRJ (antes da pandemia)

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Leusa Magalhães , da primeira geração de praticantes da família


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Adriana junto com as integrantes do grupo Cerejeira

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com a irmã (ao centro) e a mãe (à dir.)

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No Japão, Anderson posa com grupo de jovens brasileiros em frente ao Auditório do Grande Juramento pelo Kosen-rufu

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após a formatura do grupo Sokahan


No topo: família Magalhães reunida


Nota:

1. Brasil Seikyo, ed. 2.338, 3 set. 2016.

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