50 anos desde o retorno de Okinawa para o Japão

Quem mais sofreu é que tem o direito de se tornar o mais feliz.

Pessoas que foram desdenhadas e insultadas

são as que têm o direito de reverberar

altivamente a canção do triunfo.

O Budismo de Nichiren Daishonin existe para que,

em direção a essa grande transformação,

cada pessoa que derramou as lágrimas do destino

conquiste a vitória da eterna felicidade.



“Ao se encontrarem, todos são irmãos” (icharibachô-dê) —

em Okinawa, há uma rica espiritualidade de

valorizar o encontro de pessoa a pessoa,

fazendo com que qualquer relacionamento

se eleve como profunda amizade.

No local desse diálogo da igualdade,

sente-se a fragrância das brisas do mar,

expande-se o céu azul-claro ou o céu estrelado.

Nosso “espírito de Okinawa” é verdadeiramente

o “espírito do diálogo”.

Dar ouvidos à voz de uma pessoa,

incentivar uma única pessoa amiga, e

expandir o diálogo de pessoa a pessoa.

Esse caminho do bodisatva,

o mais estável e consistente.

É o primeiro passo para provocar

a nova maré da paz.

O kosen-rufu é o grandioso empreendimento

para construir a “cidade eterna”

da paz, da cultura e da educação.

A “cidade eterna” da paz e da justiça.

A “cidade eterna” da vitória do povo.

A “cidade eterna” do triunfo humano.

A “cidade eterna” do respeito à dignidade da vida.

A “cidade eterna” de eternidade, felicidade,

verdadeiro eu e pureza.

Essa grande obra é o sonho almejado

pela humanidade por milhares de anos.

E é o seu objetivo.

Todas as pessoas que abraçam a Lei Mística

são a suprema torre de tesouro da vida e

o pilar do humanismo.

Os companheiros que se levantam sós

pela missão do kosen-rufu

em sua respectiva localidade são,

verdadeiramente, os pilares da esperança.

Pessoas fortes que não são derrotadas pelos sofrimentos e pelas dificuldades, com o modo de vida de se dedicar ao bem de outros.

Esse aspecto é o próprio pilar da paz.

No topo:

Superar e vencer 

O mar verde-esmeralda contrasta com a areia branca da praia. As ondas ruidosas vão e vêm. Em fevereiro de 1994, Ikeda sensei visitou Okinawa encerrando a histórica viagem pela paz na Ásia. E ele apontou sua câmera para o auspicioso mar. Naquela ocasião, o presidente Ikeda participou da “Convenção Comemorativa dos 40 Anos do Kosen-rufu de Okinawa”. Referindo-se à catástrofe da batalha de Okinawa, declarou que “sua decisão era continuar as viagens pelo kosen-rufu a partir de Okinawa para a Ásia e para o mundo”. Foi também nas terras de Okinawa que Ikeda sensei começou a escrever o romance Revolução Humana. Correspondendo a esse profundo sentimento do mestre, os membros de Okinawa vieram perseverando no desafio da revolução humana para construir uma terra da paz e da felicidade. Em 15 de maio de 2022, completou cinquenta anos desde o retorno de Okinawa para o Japão. Vamos renovar o juramento pela paz, aprendendo com o coração de que “nada é mais precioso que a vida”.

 

Publicado no Seikyo Shimbun de 15 de maio de 2022.