Nova Revolução Humana em fotos

Malraux encontrou-se pela primeira vez com Shin’ichi em maio de 1974. Ao visitar o Japão como representante especial acompanhando a exposição Mona Lisa do governo francês, montada no Museu Nacional de Tóquio, Malraux reuniu-se com Shin’ichi no prédio do Seikyo Shimbun em Tóquio. O diálogo naquela ocasião durou quase três horas, abarcando vasta gama de assuntos, como arte, cultura, concepções sobre a vida e a morte, armas nucleares e destruição ambiental. Eles acertaram um segundo encontro na França para darem continuidade ao diálogo. Um ano tinha se passado a partir de então, e eles retomaram a conversa de onde haviam parado.

A casa de Malraux era circundada por um vasto gramado verdejante. Shin’ichi e o escritor francês dialogaram sobre o futuro do Japão, a situação mundial e as perspectivas para o século 21. Ambos concordavam sobre a necessidade premente da transformação do ser humano. Malraux ressaltou:

— O mais importante agora é a humanidade. Precisamos começar pela transformação espiritual. É o ser humano. Tudo se inicia com a revolução espiritual do ser humano. Devemos considerar o que cada um pode fazer como indivíduo e, então, tomar as medidas necessárias.

— Concordo plenamente com o senhor. A única maneira de dar essa guinada de que necessitamos com tanta urgência reside na transformação do próprio ser humano. Temos de dominar o egoísmo e amplificar ao máximo o bem que existe dentro das pessoas — respondeu Shin’ichi.

Pensadores sérios que ponderam sobre o futuro da humanidade acabam reconhecendo a necessidade da revolução humana. As discussões entre Shin’ichi e Malraux foram editadas e organizadas no diálogo Ningen Kakumei to Ningen no Joken (Mudança Interior: A Revolução Humana e a Condição Humana),¹ publicado em agosto de 1976.

 

 

(Nova Revolução Humana, v. 21, p. 240-241)

Foto: Seikyo Press / Ilustração: Kenichiro Uchida