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Finanças
há 4 anos
Promova uma transformação profunda em sua vida
Trecho da orientação do presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, extraído e adaptado do livro Felicidade.1
Daisaku Ikeda
11/10/2021

O budismo é razão. Nossa fé se manifesta em nossa vida diária e em nossa realidade. Nossas orações não são respondidas se não empreendemos esforços em meio à realidade.
Além disso, leva-se certo tempo e esforço para superar os sofrimentos de natureza cármica, cujas raízes estão fincadas nas causas feitas no passado. Por exemplo, há uma grande diferença entre o período necessário para curar um arranhão e o tempo certo para se recuperar de uma grave doença. Algumas doenças podem ser tratadas com medicamento, já outras requerem uma cirurgia. Isso também se aplica à transformação do destino por meio da fé e da prática.
Ademais, o nível da fé e o carma de cada pessoa são diferentes. Entretanto, por meio da oração, manifestamos sem falta uma poderosa esperança e norteamos nossa vida para uma direção positiva e repleta de benefícios.
É uma insensatez pensar que podemos conseguir tudo da noite para o dia. Se todas as nossas orações fossem respondidas imediatamente, isso acabaria por nos arruinar. Ficaríamos muito preguiçosos e arrogantes. (...)
Suponhamos que gastem todo o dinheiro em jogos e agora estão sem nada. Vocês pensam que se alguém lhes desse uma grande soma de dinheiro isso contribuiria para sua felicidade no longo prazo? Seria o mesmo que fazer uma reforma superficial num prédio que está desmoronando. Para se criar algo refinado e sólido, seria recomendável reconstruir a base e, a partir daí, levantar um novo prédio. O propósito da nossa prática budista é transformar nossa vida no nível mais fundamental, e não superficial, desenvolvendo assim um “forte eu” e uma inesgotável e indestrutível fonte de boa sorte.
Existem dois tipos de benefícios que derivam da fé no Gohonzon: os perceptíveis e os imperceptíveis. O benefício perceptível é o benefício óbvio e visível, como estar claramente protegido ou superar rapidamente um problema pessoal quando esse aparece — seja uma doença ou um conflito no relacionamento pessoal.
O benefício imperceptível, por outro lado, é menos evidente. É a boa sorte acumulada aos poucos, mas com constância, como uma árvore que cresce ou a maré que se levanta, resultando na formação de um rico e vasto estado de vida. Pode ser que não notemos alguma mudança em nosso dia a dia, porém, com o passar dos anos, ficará evidente que somos felizes e que nos desenvolvemos como indivíduos. Este é o benefício imperceptível.
Ao recitarem Nam-myoho-renge-kyo, com certeza, obtêm o melhor resultado, não importando se o benefício é perceptível ou imperceptível.
Aconteça o que acontecer, continuem orando. Se assim o fizerem, com certeza, serão felizes. Mesmo que as coisas não andem conforme o esperado, quando analisarem o passado, compreenderão num nível mais profundo que tudo aconteceu da melhor forma possível. Esse é um grande benefício imperceptível.
O benefício perceptível, por exemplo, pode fazer com que hoje comam até ficarem satisfeitos, mas ficarão preocupados em como conseguir a próxima refeição. Por outro lado, como exemplo de benefício imperceptível, vocês podem ter uma refeição mais simples, porém estarão avançando rumo a um estilo de vida em que nunca mais precisarão se preocupar em ter comida suficiente. Em minha opinião, a segunda perspectiva é uma situação muito mais atrativa e representa a própria essência da prática do Budismo de Nichiren Daishonin.
Nota:
1. IKEDA, Daisaku. Felicidade. Tradução: Leila Otani. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2019. p. 79-80.
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