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Vamos dialogar sobre como podemos combater o bullying?

Colégio Soka promove palestra sobre bullying

Redação

08/07/2025

Vamos dialogar sobre como podemos combater o bullying?

O Colégio Soka do Brasil deu mais um passo importante rumo a uma educação mais humana, empática e transformadora. “Convivência positiva: O papel da família e da escola”, foi tema do encontro promovido entre pais e a Profa. Dra. Luciene Tognetta, referência em temas como ética, convivência e prevenção ao bullying, na noite

Mais do que uma palestra, o encontro foi um espaço de troca, escuta e reflexão. Com a participação ativa dos pais, o evento, que foi realizado de forma presencial e virtual, proporcionou novas perspectivas sobre um dos desafios mais sensíveis da vida escolar, o bullying.

O diretor do Colégio Soka, Rodrigo Conceição, deu início ao encontro destacando a missão da escola de cuidar integralmente de seus estudantes:

Nosso encontro de hoje consolida o compromisso que assumimos como escola com as famílias e nossos estudantes Soka. Temos a responsabilidade de cuidar, respeitar e proteger as próximas gerações em todos os aspectos do processo educativo. É emocionante ver tantos pais aqui dispostos a dialogar sobre o que realmente importa.

Um olhar sensível

A professora Luciene iniciou sua fala com uma provocação sensível e necessária:

Conversar sobre os problemas que nos afligem como pais é pensar em como proteger nossos filhos hoje e formar adultos íntegros amanhã. Qual é o nosso papel? O que cabe à escola e o que é nossa responsabilidade como pais? Precisamos garantir que nossos filhos não sejam nem autores, nem vítimas de violência.

Ela destacou o compromisso do Colégio Soka com a convivência cuidadosa baseada no acolhimento, na prevenção e no desenvolvimento humano. Em seguida, compartilhou um caso real que viralizou nas redes sociais: um pai que, tomado pela emoção, agrediu um aluno durante uma festa escolar. “Quem somos nós para julgar esse pai tomado pela dor ao ver seu filho agredido? Como olhamos para ele e dizemos que está errado sem compreender a dor dele?”

O episódio deu início a um diálogo profundo entre os pais, que compartilharam angústias e questionamentos. Um ponto central foi a ideia de que o autor do bullying também precisa de ajuda:

Se meu filho disser que vai bater em alguém, preciso perguntar: “Existe outra forma de resolver isso?” Precisamos ensinar que agredir nunca é aceitável. Quando um pai orienta o filho a revidar, está, sem perceber, ensinando o oposto do que desejamos.

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Troca de experiências foram o ponto alto da palestra

Entender para transformar

Luciene abordou com clareza as características do bullying, uma violência silenciosa que fere diretamente a identidade da vítima:

1. Repetição

2. Intenção de ferir

3. Desigualdade de poder

4. Fragilidade da vítima, que se percebe como alguém de pouco valor

Muitas vezes, a vítima acredita, ainda que inconscientemente, que merece o que está sofrendo. Mas essa mesma criança é, na maioria das vezes, solidária, generosa e sensível à dor alheia. Nosso papel é fortalecê-la.

Por outro lado, o autor do bullying também precisa de atenção:

Às vezes, quem pratica bullying tem autoestima inflada, outras vezes, sofre por se sentir inferior. A violência é uma tentativa de se impor. Mas o bullyingé, sobretudo, um problema coletivo. Ele se sustenta pelo silêncio dos que assistem. Por isso, educar para que todos tenham coragem de agir é fundamental.

Educação com afeto

Para a professora, educar exige presença, escuta e, acima de tudo, intencionalidade: “Dizer ao filho ‘Agora é hora de guardar o computador; você quer guardar sozinho ou precisa de ajuda?’ é ensinar com firmeza e carinho. Da mesma forma, quando ele sofre uma agressão, precisamos dizer: ‘Você não deve permitir que ninguém te maltrate. Você merece respeito’”.

A palestra terminou com a reflexão: “Quando reconhecemos os sentimentos dos nossos filhos, estamos ensinando-os a reconhecer os sentimentos dos outros. É assim que formamos seres humanos empáticos, conscientes e capazes de transformar o mundo ao redor”.

Quer assistir à palestra completa e refletir mais sobre esse tema? Clique abaixo

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