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Kenichiro Uchida — o ilustrador da Nova Revolução Humana
Seikyo Shimbun
07/08/2025

Kenichiro Uchida
Cidade de Ome, Tóquio
Vice-responsável de RM, membro do comitê central do departamento dos Artistas
Fui ilustrador da série Nova Revolução Humana durante 25 anos, em 6.469 edições publicadas em jornal. Sou profundamente grato à Ikeda sensei e a todos os companheiros.
Cresci em Kitakyushu e, aos 7 anos, minha família ingressou na organização por recomendação de uma pessoa que se preocupava com a saúde frágil de minha mãe. Minha mãe desenhava muito bem, e desde pequeno eu também adorava desenhar.
No ensino médio, um professor de artes me perguntou sobre meu sonho quando crescesse. Respondi: “Quero ser pintor, mas como não dá para viver de arte, vou ser designer”. Ele me respondeu com entusiasmo: “Ainda é jovem, não desista do seu sonho!” Essas palavras foram um ponto de virada que me fez decidir seriamente seguir a carreira de artista.
No ano seguinte, no dia 1º de janeiro de 1965, começou a ser publicada no Seikyo Shimbun a série Revolução Humana. Ao ver a ilustração de Teikichi Miyoshi, retratando o momento em que o Josei Toda saía da prisão, decidi firmemente: “Também quero me tornar um artista capaz de ilustrar Revolução Humana no futuro”.
Mais tarde, como membro da Divisão de Estudantes Herdeiro, tive a oportunidade de registrar meu juramento para o futuro. Com a determinação de me tornar um artista da Lei Mística, escrevi: “Construirei os alicerces da Terceira Civilização!”.
Após concluir o ensino médio, fui para Tóquio com o sonho de entrar em uma universidade de artes. No entanto, acabei me envolvendo demais com trabalhos temporários e, após reprovar pela terceira vez no vestibular, decidi desistir e retornar à minha cidade natal.
Foram dias difíceis, marcados por sentimento de frustração e vergonha. Mas tudo mudou em 21 de março de 1973, durante a 1ª Convenção da Divisão dos Jovens da região de Kyushu. Ao ver Ikeda sensei regendo uma canção da Gakkai e os companheiros manifestando ardente espírito de procura ao mestre, em meio aquele ambiente senti uma alegria profunda brotar do fundo da minha vida. “É isso! Eu também tenho uma missão de bodisatva da terra. Vou cumprir essa missão como artista!” — foi o que decidi naquele momento.
Aos 27 anos, voltei para Tóquio. Enquanto trabalhava, continuei me dedicando à criação artística, sendo selecionado diversas vezes para a Exposição Nacional de Arte, acumulando conquistas e experiência.
Dias de Desafio
Era 1993, quando eu tinha 45 anos e atuava como responsável de distrito. Fui selecionado para ilustrar o romance Nova Revolução Humana. Já haviam se passado 28 anos desde que decidi, no fundo do coração, me tornar um artista capaz de ilustrar as obras de Ikeda sensei. Foi o momento em que meu sonho se tornou realidade.
Mas a verdadeira batalha começou a partir dali. Nunca havia ilustrado um romance publicado em jornal. Foi uma luta intensa. Diante da importância imensa da tarefa, muitas vezes senti que não estava à altura. Houve ocasiões em que precisei refazer dezenas de desenhos.

Foto: Arquivo pessoal
Certa vez, minha esposa, Fumiko, me disse: “Você está sempre sorrindo quando desenha sensei.” De fato, ilustrar Ikeda sensei todos os dias era algo que me trazia profunda felicidade.
Recebi muitos conselhos e incentivos diretos do mestre. No ano novo logo após o início da série, tive a oportunidade de encontrá-lo. Ele me cumprimentou dizendo:
Você é o Uchida, certo? Se não me engano, sua mãe já faleceu, não é? E seu pai, lá em Kyushu, está bem?
Mesmo sem eu ter grandes realizações, o mestre se preocupava com minha família. Sua consideração sincera me tocou profundamente.
Com o sentimento de gratidão ao mestre, além das ilustrações, mantive um desafio paralelo: retratar momentos históricos dos três presidentes da Soka Gakkai. Esforcei-me especialmente para ilustrar cenas importantes que não existem em fotografias, como o período em que Ikeda sensei esteve preso.
Em 2014, ano que marcou os 50 anos do início da Revolução Humana, pintei uma obra em óleo intitulada “Sinfonia do Kosen-rufu da Vitória de Mestre e Discípulo”. Cada pintura a óleo que criei com esse espírito de determinação é uma preciosa lembrança para mim.

Ilustração: Kenichiro Uchida

Ilustração: Kenichiro Uchida
Provas de Vitória
Já se passaram sete anos desde o fim da série. Hoje, continuo ainda mais dedicado à pintura. Como artista da Lei Mística, quero vencer e fazer florescer a “deslumbrante flor da cultura humana”, conforme idealizado pelo mestre para o ciclo de “Sete Sinos”.
No verão passado, fui diagnosticado com câncer de estômago. Mas com firme oração de “por favor, permita-me cumprir meu juramento”, dediquei-me com grande convicção à recitação do daimoku, envolto também nas orações dos companheiros. A cirurgia foi um sucesso.
Certa vez, o mestre me presenteou com um poema: “Nas ilustrações, reluz também a Revolução Humana”. O mestre me desenvolveu com o máximo de benevolência, mesmo eu sendo um artista desconhecido. Para retribuir essa imensa gratidão, continuarei aprimorando minhas habilidades e demonstrando provas concretas da minha revolução humana.
A verdadeira luta como discípulo começa agora.
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