marcar-conteudoAcessibilidade
Tamanho do texto: A+ | A-
Contraste
Notícias
há 16 horas

Família — tesouro inestimável

Redação

19/08/2025

Família — tesouro inestimável

“Prática da fé para criar a harmonia familiar” é a primeira das “Cinco diretrizes eternas da Soka Gakkai”.

Josei Toda, segundo presidente da Soka Gakkai, disse:

A família compõe a base da sociedade. E a prática da fé para criar a harmonia familiar é fonte de energia para a construção de uma família sólida. Essa fé é condição indispensável para a felicidade de cada família e para o desenvolvimento da sociedade como um todo.1

Criar harmonia na família é fundamental porque, em termos práticos, consiste no caminho infalível para a concretização do kosen-rufu, afinal, tudo começa nesse núcleo.

No romance Nova Revolução Humana, Ikeda sensei cita vários exemplos de famílias que venceram a partir da união. Hoje, apresentamos a história de Valdyr de Barros Alves, líder da Divisão Sênior da Região Metropolitana (RM) Pavuna, no Rio de Janeiro

Por meio da sincera prática da fé, Valdyr não desistiu e superou cada desafio com coragem, alegria e gratidão.

***

Oficialmente, iniciei a prática em janeiro de 1987 e recebi o Gohonzon em 29 de novembro do mesmo ano. Entretanto, minha história com o Budismo de Nichiren Daishonin teve início bem antes, em 1975, quando minha mãe recebeu o Gohonzon. Vivíamos em uma situação precária e, com a sinceridade na prática, em dois anos, já visualizávamos grandes benefícios. Apesar disso, minha mãe decidiu devolver o Gohonzon e, como éramos crianças, tivemos que acompanhar a decisão dela.

Nessa época, perdemos nossa casa e fomos morar num galinheiro desocupado no sítio em que uma tia morava. Diante do nosso sofrimento, sempre comentava com minha mãe: “Se um dia eu encontrar algum budista, vou retomar a prática”.

Passados dez anos, ao chegar à casa de um amigo, vi que ele estava recitando daimoku. Foi uma alegria, pois era tudo o que eu almejava! Reiniciei a prática com a permissão da minha mãe e com o objetivo de concretizar shakubuku e transformar a situação.

Meus irmãos Valmir e Wagner superaram as questões de desarmonia e decidiram me acompanhar. Nós três nos convertemos em novembro de 1987. Consagramos o Gohonzon em um oratório feito pelo meu pai. Meu sentimento de gratidão era imenso. Minha mãe retomou a prática e recitou daimoku até cumprir sua missão. Sou eternamente grato por ela ter encontrado e nos apresentado ao budismo. Minha irmã também se converteu.

A situação precária em que vivíamos já não fazia parte da nossa realidade. E essa transformação se deu com a atuação na organização de base, na realização de visitas, na aplicação dos incentivos de Ikeda sensei na vida diária e na minha participação no grupo Gajokai.

valdyr e irmãos

Valdyr, segundo à dir, com seus irmãos e líder da organização

Valdyr e irmã

Valdyr e sua irmã

Vencer a doença

Em 2017, enfrentei um grande desafio: a maldade da doença. Na organização de base, estávamos realizando um grande movimento de expansão com reuniões nas comunidades e visitas familiares, quando fui acometido pela depressão e pela síndrome do pânico.

Não foi fácil. Eu ia diante do Gohonzon e, mesmo chorando, recitava daimokupara encontrar o melhor tratamento. Nesse período, um integrante da Divisão Sênior do distrito também enfrentava questões de saúde.

No início do escrito A Felicidade neste Mundo, lemos: “Não há felicidade maior para os seres humanos do que recitar o Nam-myoho-renge-kyo”. 2

Decidido a vencer uma vez mais, lancei-me num grande movimento de visitas e na recitação de daimoku com esse membro da localidade e superamos juntos o drama na saúde.

Superar os desafios

“Se crer neste Gohonzon e recitar o Nam-myoho-renge-kyo, não haverá oração sem resposta, nem pecado imperdoável, toda fortuna será concedida e toda justiça será provada.”3

Em 2024, o Rio de Janeiro foi atingido por fortes chuvas que fizeram com que a água chegasse até as janelas da minha casa. Naquele momento, estava com meu cunhado que fazia um tratamento contra o câncer e tinha acabado de colocar uma sonda estomacal. Meu pai, com 93 anos, estava sozinho na casa dele. Imediatamente, levei meu cunhado para um lugar seguro e fui resgatar meu pai. Os membros da organização também tiveram perdas materiais devido à enchente, mas, em união, enfrentamos o desafio com coragem.

Hoje, como líder da RM Pavuna, vou ao encontro de todos para levar os incentivos de Ikeda sensei.

Agradeço, todos os dias, o meu mestre da vida, presidente Ikeda, pela missão confiada a mim, por minha família, pelos membros da localidade e pela Soka Gakkai. Sou um homem eternamente grato e feliz por praticar o Budismo Nichiren.

pavuna

pavuna_2

Momentos na organização de base

Notas:

1. Brasil Seikyo, ed. 2.352, 31 dez. 2016, p. B1.

2. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. I, p.713, 2020.

3. Coletânea de Escritos de Nichikan Shonin, p. 443.

Compartilhe