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há 2 meses

Cerejeira que desabrocha após o rigoroso inverno

Redação

29/10/2025

Cerejeira que desabrocha após o rigoroso inverno

“Que tipo de pessoa é feliz? Uma pessoa forte. E quem é infeliz? Uma pessoa fraca. Uma pessoa forte pode desfrutar tudo na vida, e quaisquer obstáculos que se levantem apenas a tornam ainda mais forte”1, incentiva o presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda.

Sorraila Gonçalves de Oliveira, conhecida como Sol, é líder da Juventude Soka na região da Alta Mogiana, interior de São Paulo. Com 27 anos, formada em Direito, ela irradia alegria e força, inspirando todos ao seu redor. Este ano, celebra dez anos de prática budista, uma jornada marcada por superação, coragem e profunda transformação.

Nascida em Campo Mourão (PR), Sol enfrentou desde cedo desafios extremos. Aos três anos, perdeu o pai vítima de bala perdida. Vivendo em uma casa precária com a mãe e os irmãos, enfrentou fome, frio e, tragicamente, a morte da irmã recém-nascida. A dor se intensificou com as agressões físicas constantes da mãe, até que, em um ato de coragem, pediu ajuda a uma voluntária de uma instituição social. Foi acolhida por uma nova família em Franca, São Paulo, onde esperava encontrar paz.

Mas a nova realidade trouxe outros conflitos. Apesar da estrutura confortável, a convivência era marcada por brigas e ameaças. Sol cresceu sentindo-se rejeitada, desejando desaparecer. Buscou respostas em diversas religiões, sem encontrar alívio. Até que, aos 17 anos, sua cunhada lhe apresentou o Nam-myoho-renge-kyo.

Sol recitou daimoku escondida, até que seus pais adotivos, tocados por sua sinceridade, permitiram que recebesse o Gohonzon. A prática budista foi o ponto de virada. Ao ingressar no grupo Cerejeira, mergulhou nos estudos e nas atividades, compreendendo o profundo significado da relação mestre discípulo. Os incentivos de Ikeda sensei despertaram nela uma força interior desconhecida. Decidiu transformar sua vida, tornar-se uma filha melhor e construir uma família harmoniosa.

Incentivada por um veterano da Divisão Sênior, Sol entendeu que a gratidão aos pais — mesmo diante da dor — era o caminho para sua verdadeira felicidade. Com daimoku, estudo e atuação, passou a enxergar a nobreza de sua própria vida. A revolta deu lugar à empatia. A tristeza, à alegria. A dor, à gratidão.

Hoje, Sol vive com amor, realiza atividades com os jovens da localidade, oferece carona aos membros e compartilha sua jornada com coragem. Encontrou um companheiro que a respeita e a apoia, e vive um relacionamento saudável e feliz. Mais do que isso, aprendeu a se amar e valorizar sua existência.

Com o coração transbordando de emoção, Sol diz: "Como é incrível estar viva! Como é incrível a vida!".

Ela encerra seu relato com um incentivo de Ikeda sensei

Ao encontrar dificuldades, recitamos daimoku para solucionar nossos problemas. (...) Agindo assim, continuamos a avançar, olhando para nossos problemas de um estado da vida elevado. Quando oramos ao Gohonzon, é como se estivéssemos olhando todo o universo, permitindo-nos observar impassivelmente os sofrimentos que existem em nossa própria vida. Justamente por termos problemas, podemos recitar daimoku, produzindo uma forte energia vital.2

Sorraila_atividade cerejeira

Sorraila em atividade comemorativa dos 55 anos do grupo Cerejeira (Centro Cultural Campestre, SP, out. 2025) Foto: BS

Algumas fotos da Sorraila

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Notas:

1. Brasil Seikyo, ed. 1.276, 11 jun. 1994, p. A3.

2. Terceira Civilização, ed. 520, dez. 2011, p. 26

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