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A música como ponte para a esperança
Redação
08/12/2025

Concerto da Orquestra Filarmônica Brasileira do Humanismo Ikeda (OFBHI) encanta os participantes em apresentação de agradecimento (Auditório Monarca, São Paulo, dez. 2025). Fotos: Grupo Arco-íris
A música tem o poder de tocar corações. Com esse espírito, a Orquestra Filarmônica Brasileira do Humanismo Ikeda (OFBHI) realizou, na tarde de 7 de dezembro, um concerto no Auditório Monarca, do Centro Cultural Dr. Daisaku Ikeda, São Paulo. O evento contou com a presença do pianista e compositor Amaral Vieira e sua esposa, Yara Vieira, além de amigos, membros e familiares.
Após a abertura, Mauro Koiti Shimada, coordenador da OFBHI, expressou gratidão aos familiares e amigos presentes, ressaltando que o objetivo do concerto era oferecer “o som da esperança” a cada convidado. Em seguida, citou palavras de Ikeda sensei: “Não importa as provações da sociedade, jamais sejam derrotados! Independentemente das intempéries da vida, vençam a qualquer custo! Quanto mais bravias as tempestades, enfrentem com ainda maior determinação e alcem o grandioso voo com as asas da luta conjunta de mestre e discípulo!”
Ovacionado pelo público, Amaral Vieira relembrou a fundação da OFBHI e celebrou a trajetória construída ao longo de décadas. “Ao fundar a OFBHI, Ikeda sensei honrou-me com a missão de acompanhar seu desenvolvimento, responsabilidade que assumi com respeito, humildade e gratidão. Desde fevereiro de 1993, tive o prazer de realizar mais de 300 concertos pela Associação Min-On, no Japão, e reencontrar Ikeda sensei diversas vezes”, afirmou.
O professor Amaral Vieira apresentou o processo de evolução da OFBHI e destacou a visão que inspirou sua criação: “Hoje celebramos a visão daquele que plantou a semente e uma jornada coletiva que busca, pela música, construir um mundo mais humano. Que esta tarde se torne uma grande partitura compartilhada, onde nossos corações encontrem a harmonia sonhada por Ikeda sensei.”
Jorge Miashiro, vice-presidente adjunto da BSGI, também manifestou profunda alegria pela presença de todos: “É realmente maravilhoso ver tantas pessoas reunidas para apreciar a OFBHI. Na juventude, Ikeda sensei encontrava na música um refúgio e fonte de coragem. Que este concerto toque cada um de vocês, trazendo esperança, alegria e coragem. Apreciem cada momento, pois foi preparado com muito carinho.”
Ao final, a OFBHI executou seis apresentações que emocionaram os participantes, entre elas Praia de Morigasaki e Jovens, Escalem a Montanha do Século XXI, selando o encontro com notas de esperança.
Ikeda sensei e o professor Amaral Viera
A relação entre Ikeda sensei e Amaral Vieira remonta à quarta visita presidente Ikeda ao Brasil. Desde então, o professor tornou-se consultor artístico da OFBHI, que já se apresentou na Argentina, Paraguai, Estados Unidos e Japão.
Amaral Vieira desfruta renome mundial e atuou como presidente da Sociedade Brasileira de Musicologia e da Sociedade Brasileira de Música Contemporânea. Compôs mais de seiscentas obras e recebeu inúmeras homenagens internacionais, como o Prêmio Internacional de Composição Arthur Honegger e o Grande Prêmio da Fondation de France.
Certa vez, em entrevista para a RDez, professor Amaral Vieira foi indagado com a pergunta:
Quando você conheceu o presidente Ikeda? Como foi o encontro?
Amaral: Em 1977, depois de muitos anos na Europa, eu recebi um convite de um professor na Inglaterra para ser o chefe de departamento da Orquestra de Londres. Havia tido oportunidades maravilhosas na Europa e eu já tinha tocado em todos os continentes do mundo. Diante do convite, refleti profundamente que eu precisava voltar e contribuir para o desenvolvimento do Brasil. Só eu sei o quanto foi difícil esta decisão. Muitos foram contra à minha decisão. Quando eu contei esse episódio para o Ikeda sensei no primeiro encontro com ele em 1992, ele bateu na mesa com a palma da mão e disse vigorosamente: “Nao conheço ninguém que tivesse feito isso que o professor fez! Não conheço ninguém que teve essa coragem!” Quantos anos se passaram até chegar aquele encontro! Me senti compreendido pela decisão que eu tinha tomado anos atrás. A partir do instante em que ele manifestou seu apoio é como se ele estivesse estado comigo no momento de minha decisão. Naquela época, eu não sabia que o Sensei existia conscientemente. Mas em algum lugar do meu coração, eu já estava ligado a ele. Aquela decisão foi seguramente apoiada por ele mesmo que silenciosamente.
Para ler a entrevista, clique aqui.
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Outro episódio é de maio de 2024, onde o professor Amaral Vieira dedica música Revolução Humana— Impressões e Sentimentos Musicais ao presidente Ikeda. Para ler a notícia, clique aqui.
Aprecie a apresentação da obra Revolução Humana— Impressões e Sentimentos Musicais. Clique aqui.
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