Notícias
BM
Instituto Toda pela Paz completa 25 anos no dia do aniversário natalício do segundo presidente Josei Toda
Para comemorar a data, o Seikyo Shimbun apresenta as ações que o instituto realiza em prol de um mundo de paz sustentável. Veja a tradução adaptada
REDAÇÃO
11/02/2021

Hoje, 11 de fevereiro, comemora-se 121 anos do nascimento do segundo presidente da Soka Gakkai, Josei Toda. Nesse mesmo dia, em 1996, o terceiro presidente Daisaku Ikeda fundou o Instituto Toda pela Paz, um órgão de pesquisa que busca concretizar os ideais da Declaração pela Abolição das Armas Nucleares e da Etnia Global, os testamentos de Toda sensei. As publicações do instituto somam mais de 40 obras e as propostas de medidas políticas ultrapassam 100 títulos. Neste dia comemorativo à sua fundação, foi lançado o site oficial do instituto em japonês (toda.org/jp). Ao Seikyo Shimbun, o diretor Kevin Clements relatou suas impressões sobre as atividades realizadas nos últimos anos, como também a missão do instituto no contexto da pandemia do novo coronavírus.
Palavras do diretor do Instituto Toda pela Paz, Kevin Clements
É uma imensa alegria comemorar com todos os 25 anos de fundação do Instituto Toda pela Paz.
Com o desejo de abolir as armas nucleares e realizar a paz perene indicadas pelo segundo presidente da Soka Gakkai, Josei Toda, e pelo fundador do instituto, o presidente da SGI, Daisaku Ikeda, a visão de um mundo de paz sustentável e imparcial vem sendo a diretriz de nossas pesquisas ao longo desses 25 anos.
Doravante, vamos continuar caminhando rumo à materialização dessa visão, pois a paz é um processo interminável. Para a solução dos diversos problemas, reuniremos sabedoria e capacidade. Agradecemos, de coração, o grande número de pessoas que confiam e apoiam nosso trabalho.
Como temas do século 21, podemos elencar a justiça e a imparcialidade, o respeito à criatividade, a prevenção do aquecimento global e a busca por uma vida sustentável. Além disso, é necessário empreender esforços para que as tecnologias de ponta e as mídias sociais não prejudiquem a natureza saudável da sociedade, da economia e da política.
O Instituto Toda pela Paz vem realizando diversos programas de pesquisa. Elas são embasadas em comprovações concretas e objetivam influenciar a definição de medidas políticas para o século 21. Para tanto, mantemos parcerias com outras entidades e conduzimos trabalhos cooperativos com pesquisadores de primeira categoria do mundo.
Por meio do programa Garantia da Segurança Cooperativa, do Controle de Armas e do Desarmamento, elevamos a eficácia real do Tratado de Proibição das Armas Nucleares (TPAN). Além disso, realizamos pesquisas confiadas a terceiros e promovemos conferências e workshops para estabelecer políticas que visam a abolição das armas de destruição em massa.
Da mesma forma, em relação ao programa Conflitos e Mudanças Climáticas, cientistas da região do Pacífico, elaboradores de políticas públicas, líderes religiosos e representantes da sociedade civil analisam as influências dessas transformações no ecossistema de países insulares.
Em especial, priorizamos as medidas que os países podem desenvolver para atenuar os impactos de maior gravidade. Estamos em busca da direção para construir uma estrutura política, econômica e social resiliente, capaz de adaptar-se à situação de perda do sistema social, da cultura e das terras em caso de submersão.
No programa Paz e Segurança no Nordeste da Ásia, desenvolvemos pesquisas que possam responder à maneira de enfrentar as lembranças dolorosas do passado, à criação de um sistema de segurança regional para lidar com conflitos entre os principais atores, tais como China, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos e Rússia, e às ameaças nucleares.
Já o programa Mídias Sociais, Tecnologia e Paz, analisa sobre como transformar positivamente o aspecto negativo dos sites de troca de mensagens e compartilhamento de vídeos para exercer um papel proativo na construção da paz. Estamos conduzindo uma estrutura para compartilhar os conhecimentos sobre a influência das mídias sociais com especialistas e pesquisadores da Europa, dos Estados Unidos e dos países em desenvolvimento do Hemisfério Sul.
E, por meio do programa Tecnologias de Ponta, Garantia da Segurança e da Paz, iniciado no ano passado, abordamos sobre a relação entre as novas tecnologias e a guerra. Objetivamos a criação de um ambiente para que a humanidade não desenvolva novos métodos de guerra com o uso da vigilância e dos armamentos de alto risco.
Acreditamos que as pesquisas pela paz no século 21 devam envolver temas que ameaçam a sobrevivência da humanidade.
Para isso, estamos engajados em promover o diálogo e a cooperação rumo à solução de problemas complexos, confiamos pesquisas a terceiros e publicamos diversos materiais para o meio científico e para o público em geral.
Além de todas essas questões, no ano passado, a pandemia do novo coronavírus trouxe uma reviravolta no mundo. Nenhum país conseguiu escapar do enorme golpe social e econômico decorrente desse problema.
Para o Instituto Toda pela Paz, também foram inevitáveis as restrições e as mudanças em larga escala nos planos previstos para 2020. Muitos dos programas de pesquisa citados foram realizados na forma de conferências e workshops virtuais.
Nessas circunstâncias, dedicamos esforços para as publicações e, no período de um ano, distribuímos trinta propostas de medidas políticas. Todas elas receberam elevado reconhecimento.
Em outubro, criamos uma página chamada Global Outlook para apresentar tratados relativamente curtos. Foi publicada, por exemplo, uma série de valorosas dissertações relacionadas ao Tratado de Proibição das Armas Nucleares, que entrou em vigor em janeiro de 2021. Este novo plano trouxe muitos novos leitores e as dissertações têm sido amplamente compartilhadas e reproduzidas.
No ano passado, com o intuito de expandir e aprofundar o programa de pesquisas e de medidas políticas, demos partida ao Comitê Consultivo de Pesquisas do Instituto Toda (sigla TIRAC em inglês). Em cada área, participam nove renomados especialistas, que colaboram com a formulação e a promoção das estratégias de pesquisa (detalhes no website).
Para resolver os desafios do século 21, é necessário reunir os melhores cérebros para explorar a possibilidade de as ameaças individuais e coletivas afetarem o equilíbrio social e político, para contribuir com a comunidade internacional e direcionar os olhos para a revitalização das Nações Unidas e de outros órgãos multilaterais e agências regionais. Creio que, dessa forma, fortaleceremos a mudança de nossa visão do mundo, da “segurança da nação para segurança do ser humano”.
O novo coronavírus trouxe o medo, a confusão e a intranquilidade. Por outro lado, proporciona uma oportunidade inigualável para desenhar uma nova visão do mundo em que a empatia passe a ocorrer com facilidade, haja maior respeito pela imparcialidade e seja menos amedrontador. Que seja um mundo harmônico e amigável ao meio ambiente, e não contrário à natureza. Gostaria que a humanidade continuasse a compartilhar amplamente a importância do espírito altruísta, como também a união e a consideração na comunidade local obtidas pela experiência com a pandemia.
Estamos no momento de manifestar o potencial criativo. Vamos unir esforços para que a atual situação de crise leve ao nascimento de um mundo capaz de lidar com as grandes questões deste século.
Saiba mais:
- Página do Instituto Toda pela Paz disponível em inglês e japonês: https://toda.org
- Notícia sobre o Tratado de Proibição das Armas Nucleares publicado no BS+: Nada é mais precioso do que a paz
Compartilhar nas