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05/06/2010

Copa do Mundo é a bola da vez
Na próxima semana, pessoas do mundo inteiro terão seus olhos e ouvidos voltados para o apaixonante acontecimento quadrienal: a Copa do Mundo de Futebol. Pela primeira vez realizada no Continente Africano, a anfitriã África do Sul enfrentará a seleção mexicana no dia 11 em Joanesburgo, no estádio Soccer City.
Nesta sua 19a edição, 32 seleções defenderão seus respectivos países em jogos espalhados por nove cidades e dez estádios. O Brasil fará sua estreia no dia 15 de junho, às 15h30, horário de Brasília, jogando contra a seleção da Coreia do Norte.
Curiosamente, para nós, a primeira competição da Copa aconteceu em 1930 — mesmo ano da fundação da Soka Gakkai. Naquele mundial, vencido pelo Uruguai (país sede), ainda não havia os torneios eliminatórios, e os 13 países participantes foram convidados para a competição. Nos anos de 1942 e 1946, a Copa não ocorreu devido à Segunda Guerra Mundial.
O Brasil é o país que alcançou mais títulos mundiais: cinco (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002). O Brasil participou de todas as edições. Na única vez que fomos anfitriões, em 1950, a torcida se calou, incrédula, em pleno estádio do Maracanã, ao ver o Brasil ser derrotado na final para o Uruguai.
O esporte pela paz
Considerado o segundo maior evento esportivo mundial, somente superado pelos Jogos Olímpicos, a Copa também possui a missão de promover a aproximação dos países como um evento pacífico. Mas o futebol já foi motivação para conflitos bélicos, como o que aconteceu há 41 anos, em julho de 1969, conhecido como a “Guerra das 100 horas”, entre El Salvador e Honduras, na América Central, ocasião em que os dois paises disputavam uma vaga para a Copa do Mundo de 1970.
O Brasil, na mídia internacional, é visto com espanto pelo fato de ter recentemente mediado um acordo com o Irã, fortemente combatido por muitos países pelas atividades de enriquecimento de urânio. A Coreia do Norte, que também recentemente rompeu relações com a Coreia do Sul, é tida como uma forte ameaça à paz pelas demonstrações ofensivas de seu governante. E serão exatamente esses dois países que protagonizarão o jogo de estreia da Seleção Brasileira.
Naturalmente, a imensa torcida brasileira espera ver o triunfo da seleção com a conquista do hexa-campeonato. Porém, não basta o fato de o time possuir os considerados melhores jogadores do mundo. Como esporte coletivo, a união de diferentes corpos com uma única mente deve prevalecer sem falta para que o objetivo tão desejado pelos brasileiros seja concretizado. Se o talento individual é importante, a união é indispensável para se atingir o objetivo de todos.
Assim também é o nosso movimento pela propagação da filosofia do humanismo, que tem como alicerce a organização criada pelo nosso Mestre
“Som impressionante”
Consta no Ensaio do presidente Ikeda, publicado no Brasil Seikyo no 1.858, pág. A3, de 2 de setembro de 2006, o seguinte:
“Certa vez, o Sr. Toda falou-me sobre o profundo significado da missão da Soka Gakkai, afirmando que nos sutras do futuro o nome da Soka Gakkai ficará registrado como ‘Buda Soka Gakkai’. Fiquei arrepiado quando ele disse essas palavras.
“O Buda Rei Som Impressionante aparece no 20o capítulo do Sutra de Lótus, intitulado ‘Bodhisattva Jamais Desprezar’. Mas esse Buda não é um único indivíduo. Após o primeiro Buda Rei Som Impressionante ter entrado em extinção, ele foi seguido por outro Buda Rei Som Impressionante e ‘esse processo continuou até que vinte bilhões de Budas surgiram um após outro, todos com o mesmo nome’. (LS20, pág. 266.)
Em outras palavras, de acordo com o Sutra de Lótus, “vinte bilhões de Budas”, todos chamados Buda Rei Som Impressionante, empenharam-se continuamente para conduzir os seres vivos à iluminação por um período de tempo inacreditavelmente longo. O Sr. Toda interpretou essa passagem de forma brilhante dizendo que essa série de budas com o mesmo nome poderia ser considerada como uma organização, uma “harmoniosa assembleia de seguidores” sob o único nome de Buda Rei Som Impressionante.
E não há som mais impressionante do que o do forte Daimoku, cadenciado e em uníssono. Ainda não somos vinte bilhões e nem mais os “noventa milhões em ação” de 1970, mas podemos fazer com que o “som impressionante” do Daimoku se transforme no hino pela paz, com o som das vuvuzelas*!
(*) Corneta de cerca de um metro de comprimento, usada por torcedores em jogos de futebol na África do Sul.
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