Revolução cultural

Fazer parte da Soka Gakkai é a maneira mais criativa e valorosa de conduzir a vida nesse celeiro artístico que cultiva a convivência de diferentes pessoas e culturas.

Foi por meio do movimento pela paz, cultura e educação que a organização constituiu a base sólida atribuída ao seu crescimento.

Em pleno pós-guerra, em 1945, a única arma que o segundo presidente da Soka Gakkai, Josei Toda, utilizou para realinhar a organização foi a do respeito à dignidade humana por meio de uma revolução interior capaz de transformar o drama da vida em infinita fonte de alegria e boa sorte.

No mundo inteiro, os associados da Soka Gakkai conduzem a vida com base na filosofia encorajadora do budismo e descobrem em si um universo de possibilidades para se expressar e inspirar as pessoas. São grupos musicais, orquestras, corais, inúmeras exposições que, juntos, formam um movimento cultural ímpar, embasado no comportamento humano e seu infinito potencial.

Quando fundou o Museu de Artes Fuji de Tóquio, o objetivo do presidente Ikeda foi torná-lo patrimônio cultural do mundo e assim o fez. O museu foi criado junto à Associação de Concertos Min-On (fundada em 1963, atua no campo do intercâmbio cultural internacional) e se utiliza do poder da cultura para a promoção da paz. Hoje o patrimônio abriga cerca de 30 mil obras de arte de vários períodos e culturas.

O fundador e líder da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, é um grande admirador da arte. Sua sensibilidade em perceber o mundo está representada em poesias, fotografias, pinturas, além da sua afeição pela música. “Nunca é demais salientar o quanto a arte é exemplar pela capacidade de promover a colaboração entre o concreto e o espiritual. Realmente, quando a vida em sua atividade pragmática e a espiritualidade do homem tentam estabelecer um perfeito equilíbrio entre o interior e o exterior, o homem pode saborear uma verdadeira satisfação e conquistar uma sabedoria constante” (A Noite Clama pela Alvorada, 1980, p. 281).

Ser feliz é uma arte

A SGI propõe o aprimoramento contínuo na construção de uma existência plena, livre das amarras do sofrimento. É como traçar as linhas de um desenho ou entoar as notas de uma canção. Cada etapa corresponde a um novo traço que se junta ao anterior, numa sintonia perfeita do começo ao fim. O artista guia a obra de acordo com o seu estado interior e, assim, cria sua identidade. O budismo ensina que ter um eu forte é a chave da vitória. Ser forte é conquistar a felicidade. Nesse sentido, uma criação perfeita começa a partir da coragem e esperança, e se encontra no momento presente. Sem se lamentar e diante das ferramentas que possui, construir uma bela obra é escolher ser forte.

O presidente Ikeda, em sua mais recente mensagem de Ano-Novo cita: “A Dra. Stella Cornelius (1919–2010), fundadora da Conflict Resolution Network (Rede para Resolução de Conflitos), incentivava constantemente as pessoas a dizer ‘e’ em vez de ‘mas’. Enquanto o ‘mas’ tende a ser uma introdução para uma observação pessimista, é mais provável que o ‘e’ seja seguido de palavras positivas que ofereçam a solução construtiva para um problema”. Ele também alerta que “Certamente, quando esbarram em algum desafio difícil, as pessoas são propensas a se entregar a um sentimento de impotência, afirmando: ‘Gostaria de tentar, mas não é algo realista’ ou ‘Bem que eu gostaria, mas as condições não são adequadas’. Essa postura não gera esperança para se avançar. Nichiren Daishonin declara: ‘Os três obstáculos e as quatro maldades aparecem infalivelmente; e quando isso ocorre, o sábio se alegra, ao passo que o tolo recua’ (CEND, v. I, p. 666).Ao nos depararmos com adversidades, recuamos? Nosso coração se enche de medo? Ou enfrentamos com otimismo e coragem? A Lei Mística é a fonte da força e sabedoria supremas para que todas as pessoas emanem a coragem dos sábios e continuem avançando, sem jamais temer, entrar em desespero ou desistir.

Uma maravilhosa história de revolução humana se desenrola quando damos um passo avante com determinada oração e ilimitada energia vital” (BS, eds. 2.256 e 2.257, 31 dez. 2014, p. A1).

As possibilidades da vida são infinitas. A energia que permeia a Lei Mística é a fonte inesgotável de felicidade que faz da vida uma obra-prima sem igual.