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Artigo
há 19 dias

Colorindo a vida com alegria

Redação

28/06/2025

Colorindo a vida com alegria

Mariana, carinhosamente chamada de Mari, do Rio de Janeiro, é empresária, conheceu o Budismo Nichiren aos 16 anos, conquistou vitórias como estudar na UFRJ, estudar no Canadá e superou desafios familiares.

Ao enfrentar questões emocionais, encontrou apoio na organização e, com incentivos, transformou sua vida: criou um caminho profissional, mudou a relação com a mãe e hoje mora com Aydan, com quem compartilha conquistas e renovam objetivos para o futuro.

Hoje, como líder da Juventude Soka na Sub. Serrana, integrante do grupo Arco-íris da BSGI, Mari se dedica a espalhar coragem e esperança, mostrando que a vida é feita para sermos felizes — não importa as circunstâncias.


Vitórias e desafios familiares

Em 2013, minha professora de Química do Ensino Médio apareceu na minha vida como um verdadeiro presente inesperado. Ela foi quem me apresentou ao budismo. Foi a primeira vez que ouvi o daimoku e desde aquele dia, não deixei de participar das atividades. Na época, eu buscava estágio para concluir o curso técnico. Aos 17 anos, recebi meu Gohonzon, tornando-me a única budista da minha família e, ao me dedicar no estudo do budismo, nas orações, tudo parecia conspirar a favor: fui aprovada na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), promovida duas vezes no trabalho e estudei inglês em Toronto, no Canadá — onde realizei minha primeira shakubuku ao retornar para o Brasil.

Mesmo com tantas conquistas, sofria com a desarmonia familiar. Brigava constantemente com minha mãe e não via meu pai havia seis anos. Ao retornar do Canadá, tomei a decisão de mudar essa realidade: viajei ao Ceará para resgatar a relação com meu pai e minha família paterna. Para minha surpresa, meu pai simpatizava com o budismo.

De volta ao Rio, orava todos os dias pela harmonia com minha mãe, mesmo achando que apenas ao sair de casa conseguiria mudar algo.


Oportunidade de transformação

Durante a pandemia, minha mãe, enfermeira, foi a primeira da família a contrair COVID-19. Enquanto ela se isolava, cuidei da casa, do meu irmão, do meu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) e ainda apoiava a Juventude Soka na transição para as atividades online. Quando minha mãe se recuperou, ela não parava de agradecer. Mas eu sabia que ainda precisava transformar profundamente nosso relacionamento.

Logo depois, recebi a notícia de que meu pai estava com câncer. Fiz de tudo para visitá-lo, mas, em meio à pandemia, a viagem foi adiada várias vezes. Quando finalmente consegui um voo, ele havia acabado de falecer. Mesmo assim, fui para o Ceará e apoiei minha madrasta e meu irmão caçula no luto e cuidei da casa. Graças a esse movimento, ambos conheceram o daimoku.

Quando tudo parecia perdido, encontrei minha força

Ao retornar ao Rio, não conseguia mais escrever meu TCC e já não me sentia conectada com minha área de atuação. Comecei a me sentir incapaz e a me isolar, fingindo que tudo estava bem. Aos poucos, sabotei minhas relações até acreditar que não merecia mais estar ali. Mesmo assim, a organização nunca desistiu de mim: fui convidada a assumir a liderança da Juventude Soka da localidade e fui selecionada para a I Academia Índigo, onde renovei meu juramento de lutar pela felicidade de todos.

Com incentivo das visitas e dos laços criados na organização, percebi que podia vencer qualquer situação. Lancei o desafio de recitar daimoku para conquistar um novo emprego — e, assim, comecei a dar aulas de inglês particular. Essa decisão mudou minha vida: as aulas prosperaram tanto que, em apenas um ano, consegui realizar o sonho de morar junto com a pessoa com quem futuramente me casaria, Aydan. E, o mais importante, transformei completamente a relação com minha mãe — que passou a recitar daimoku, experimentando a força da prática.

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Mari e Aydan


Compromisso com a felicidade

Ao mudar para a casa nova com Aydan, pensei em desistir da responsabilidade que exercia na organização muitas vezes, mas estabeleci como meta permanecer firme até Convenção Juventude Soka Esperança do Mundo. No caminho para o evento, sentei-me ao lado de um veterano que compartilhou como também precisou superar suas fraquezas para atuar em prol das outras pessoas. Isso me inspirou a continuar.

De volta à localidade, junto com Aydan, estabelecemos objetivos como realizar visitas, daimoku e estudo do budismo. Começamos pelo nosso lar e vimos a energia vital se multiplicar. Esse movimento despertou coragem em toda a localidade que provocou um grande desenvolvimento.

Hoje, sigo me dedicando à minha nova profissão, ao fortalecimento da fé e à construção de relacionamentos harmoniosos. Estou convencida de que a vida existe para sermos felizes — não importa o que aconteça.

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Juventude Soka da Sub. Serrana

Minha trajetória pessoal e minha jornada no budismo sempre caminharam juntas. Foi me fortalecendo na fé que descobri quem realmente sou. Hoje, digo com orgulho: sou uma mulher bissexual, budista, feliz e comprometida com o movimento do kosen-rufu.

E, para quem também busca vencer seus desafios, deixo este incentivo de Ikeda sensei, livro Juventude Sonhos e Esperança, volume 1, que gosto muito:


Vocês são preciosos e insubstituíveis. Por favor, não se permitam sucumbir à negatividade e ao cinismo. O sofrimento existe em qualquer época. (...)
O importante é continuar avançando. Mesmo lutando contra vários problemas, é vital que recitem daimoku e avancem mesmo que seja apenas um ou dois milímetros. Se fizerem isso ao longo da vida, quando olharem para trás, verão que atravessaram toda a selva.
A medida do seu sofrimento, da tristeza, e do quanto recitar daimoku, serão proporcionais à profundidade alcançada de sua vida. As dificuldades que encontram hoje servirão como nutrientes para se tornarem líderes do século 21.


Muito obrigada

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