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há 2 meses
Respira, JS: Vamos falar sobre o Setembro Amarelo?
A campanha reforça a importância de cuidar da saúde mental, valorizar a vida e fortalecer os laços entre as pessoas com empatia e diálogo
Redação
10/09/2025

Todos os anos, o mês de setembro ganha uma cor especial, o amarelo. A campanha tem o objetivo de chamar a atenção da sociedade para um tema urgente e, muitas vezes, silencioso: a preservação da vida e a valorização do bem-estar emocional.
Vivemos tempos em que o estresse, as pressões sociais e as dificuldades pessoais vêm aumentando e afetando cada vez mais pessoas. Infelizmente, muitas dessas batalhas individuais passam despercebidas no dia a dia. É nesse contexto que o Setembro Amarelo surge como um ponto de atenção à empatia, ao diálogo e ao cuidado mútuo.
O presidente Ikeda nos ensina sobre a riqueza interior que cada vida carrega:
Acredito que a época vindoura será a era do respeito à dignidade da vida, a era da vida. Venho salientando isso há muitos anos, reiterando ser essa a única esperança de sobrevivência para a humanidade. Está se tornando cada vez mais evidente para as mentes pensantes do mundo que não podemos respeitar a dignidade do ser humano sem respeitar a dignidade da própria vida.1
O valor da vida humana é infinito. Sobre isso, o presidente Ikeda ensinou:
A vida é uma torre de tesouro, possui dimensão tão vasta quanto o universo e é mais valiosa que a Terra. Cada indivíduo é mais importante que uma nação. Esta convicção é o alicerce do nosso humanismo. Devotamo-nos ao trabalho de construir grandes torres de tesouro de respeito à dignidade da vida em todas as esferas da sociedade e do mundo. Em nosso movimento, não estamos apenas difundindo a filosofia do respeito à dignidade da vida, mas ajudando efetivamente uma pessoa após outra a revelar o brilho de sua preciosa torre de tesouro interior, radiante de nobreza e de felicidade.2
O valor de falar e ouvir
Um dos pilares do Setembro Amarelo é encorajar a conversa. Falar sobre sentimentos, dores e medos não é sinal de fraqueza, mas, sim, um ato de coragem. Da mesma forma, ouvir sem pré-julgamento é um gesto transformador.
Pequenas atitudes de atenção e acolhimento, como prezar cada pessoa, têm o poder de aliviar fardos.
Cuidar de si também é essencial
Outro aspecto fundamental é o autocuidado. Reservar tempo para descansar, manter hábitos saudáveis, praticar atividades que tragam alegria e buscar ajuda profissional são formas de fortalecer a mente e o coração. Assim como o corpo precisa de cuidado, a saúde mental também merece atenção constante. A mente faz parte do corpo, não é mesmo?
Nesse sentido, a prática do daimoku — a recitação do Nam-myoho-renge-kyo — é um recurso para cultivar o equilíbrio interior, a esperança e a resiliência. Ao entoá-lo, despertamos coragem e sabedoria para enfrentar desafios e transformar dificuldades em impulso para seguir em frente. O presidente Ikeda orientou:
Orar ao Gohonzon é como dialogar com o Buda. Por isso, mantendo profundo respeito no coração, seja sincera com o Gohonzon. Ore com toda a sinceridade por tudo que você deseja para vencer as dificuldades e para realizar seus objetivos. O Gohonzon vai ouvi-la com benevolência. Nos momentos de tristeza, amargura ou sofrimentos, abrace o Gohonzon com sua firme oração, como uma criança que busca a proteção da mãe. Recite daimoku como se estivesse dialogando e transmita tudo o que se passa com você ao Gohonzon. Assim, depois de algum tempo, mesmo o sofrimento no estado de inferno desaparecerá como o orvalho sob o calor do sol.3
Medidas de prevenção
A informação é uma importante forma de prevenir os problemas de saúde mental. Durante muito tempo, esse tema foi tabu, mas, com iniciativas como o Setembro Amarelo, passou a ser discutido com mais abertura. Hoje, o desafio é comunicar de forma responsável, seguindo as orientações dos especialistas, para que a prevenção seja realmente eficaz.
Reconhecer sinais, como isolamento, mudanças de comportamento, perda de interesse, queda no desempenho escolar ou profissional, alterações no sono, perda de prazer em atividade que antes eram prazerosas e frases de desespero, pode salvar vidas. O apoio pode vir de familiares, amigos, professores, colegas ou voluntários do Centro de Valorização da Vida (CVV).
Conclusão
O Setembro Amarelo é um convite para refletirmos sobre a importância de valorizar a vida. Todos nós podemos contribuir ao perguntar: “Posso te ajudar?”.
Ao cultivarmos empatia, diálogo e cuidado, damos um passo fundamental para construir uma sociedade mais humana, solidária e saudável.
A vida é única e valiosa. Cada pessoa carrega dentro de si uma força especial para recomeçar. Nunca se esqueça: você não está sozinho.
Saiba mais
O papel da sociedade
O Setembro Amarelo não se limita às campanhas visuais espalhadas pelas cidades. Representa um movimento de conscientização coletiva. Escolas, empresas, famílias e comunidades podem e devem criar espaços de acolhimento em que as pessoas se sintam à vontade para falar sobre as emoções.
Como procurar ajuda?
Converse com alguém da sua confiança, como os pais, um amigo, um professor da escola ou um veterano da organização, e busque ajuda profissional, como psicólogo ou psiquiatra. O CVV também fica disponível 24 horas para ouvir quem precisa pelo telefone 188, e-mail ou chat no site www.cvv.org.br
Você também pode contatar através do whatsapp o NOS (11) 3274-1800, que é um setor da BSGI que presta ajuda psicológica aos membros.
Notas:
1. Brasil Seikyo, ed. 2.432, 18 ago. 2018, p. B3.
2. Brasil Seikyo, ed. 2.438, 6 out. 2018, p. B2.
Referência:
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