A arte de encorajar e criar memórias afetuosas

A fotografia é uma “língua universal”. Mesmo não compreendendo as palavras, é possível entender tudo por meio de uma foto. Com ela, também é possível tocar o coração das pessoas.

A citação acima é de Daisaku Ikeda, presidente da Soka Gakkai Internacional. Ele considerava ser um fotógrafo amador, mas, com suas fotos, ele revelou a arte de encorajar e criar memórias afetivas com os companheiros.

Não sou nem nunca fui um fotógrafo profissional e, devido à minha agenda cheia, acabo tirando muitas fotos durante o trajeto entre um compromisso e outro; às vezes, paro o carro somente o tempo suficiente para tirar uma foto. 

Ikeda sensei iniciou sua jornada pelo mundo da fotografia captando momentos de beleza da natureza em meio às suas viagens promovendo a paz e a expansão do Budismo Nichiren em todo o planeta. Quando Ikeda sensei partiu em sua primeira viagem para o mundo, em 2 de outubro de 1960, carregava no bolso do paletó uma foto do seu mestre, segundo presidente da Soka Gakkai, Josei Toda, simbolizando seu juramento.

Ele capturava imagens e as enviava como incentivo a todos nós com o desejo de fazer com que o brilho da esperança e da coragem iluminasse nossa vida como uma força inspiradora.

Na obra Nova Revolução Humana (NRH) estão registrados diversos momentos em que a fotografia teve papel fundamental na vida do Mestre e dos membros da Soka Gakkai, de personalidades mundiais ou mesmo de pessoas desconhecidas.

No capítulo “Castelo do Debate”, da Nova Revolução Humana, volume 10 , encontramos o surgimento da tradição das fotos comemorativas em nossa organização.

No dia 22 de março, participou da reunião de líderes de comunidade da Região Nordeste realizada na cidade de Sendai e, ao final, cumprimentou cada um dos quase seiscentos líderes com um aperto de mão.

“Suas mãos são como as do Buda” — com este sentimento, Shin’ichi manifestava respeito e gratidão a cada aperto de mãos.

A mão dele ficava vermelha, inchada e dolorida. Sem se importar com isso, continuava incentivando e cumprimentando os participantes.

Depois da reunião, enrolando a mão direita numa toalha molhada, disse sorrindo:

— Os companheiros ficaram tão felizes que alguns apertaram minha mão com toda a força...

(...)

O fato é que não disponho de tempo para me encontrar frequentemente com os líderes de comunidade de todo o Japão. Por isso, estou tentando, de alguma forma, criar uma boa lembrança do nosso encontro que possa servir de incentivo a cada um dos meus companheiros de luta por toda a vida.

(...)

Oito dias depois, em 30 de março, estava prevista sua participação na reunião de líderes de comunidade na região de Nagano. A dor em sua mão não havia passado. Quando pensava em outra forma de incentivar os companheiros, recebeu um pacote de cartas dos líderes de comunidade de Yonago agradecendo pela foto comemorativa à qual apreciavam todos os dias para renovar as decisões. Shin’ichi teve então a ideia de tirar fotos comemorativas em substituição ao aperto de mãos.

Em Nagano, a foto comemorativa teve grande repercussão e os participantes ficaram muito felizes em receber uma cópia.

(...)

A foto se tornou o registro da história do kosen-rufu compartilhada com Shin’ichi e foi guardada como um precioso tesouro

Incentivos de Ikeda sensei sobre a fotografia

“A fotografia é um meio de comunicação universal. Embora as pessoas possam falar idiomas diferentes, ao olhar para uma foto, ideias são compartilhadas e a comunicação ocorre. Contemplando uma veloz corrente d’água, não há como não sentir o dinamismo da vida; ver a grama crescendo persistentemente da fenda de uma rocha faz evocar uma sensação de determinação e coragem.”

“Shin’ichi [pseudônimo de Daisaku Ikeda na obra Nova Revolução Humana] também considerava as fotografias um instrumento para revitalizar as pessoas, inspirando alegria, esperança e coragem no coração delas. Elas eram uma forma de incentivar os membros, clamando-lhes: ‘Não sejam derrotados! Sejam fortes! Avancem comigo!’.”

Nova Revolução Humana, volume 15, capítulo “Florescimento” 

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“Não podemos deixar o momento escapar. É por isso que, para mim, a fotografia é uma batalha.”

Brasil Seikyo, ed. 1.547, 11 mar. 2000, p. 3. 

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“O Sr. Toda nunca viajou para o exterior. Quando eu empreendia minhas viagens em prol do kosen-rufumundial, levava no bolso uma fotografia de meu mestre e dialogava com ele em meu coração.”

Brasil Seikyo, ed. 1.958, 4 out. 2008, p. A3. 

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“Na fotografia, todo momento é importante. A concentração é absolutamente necessária. O fotógrafo jamais tem uma segunda chance. Deve sempre trabalhar com um espírito criativo a fim de abrir um novo caminho.”

Brasil Seikyo, ed. 2.002, 05 set. 2009, p. B1 .

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“Há um valor único, uma beleza que pertence apenas a este momento, a este dia. É isso que dá vida a uma foto.”

Brasil Seikyo, ed. 2.576, 21 ago. 2021, p. 6 .

Inspirações

Acompanhe alguns registros fotográficos de Ikeda sensei. Clique aqui.

Leia mais

Minha Paixão pela Fotografia. Reflexão do Mestre veiculada na Terceira Civilização, ed. 589, set. 2017, p. 38 .

Deseja ler todo o capítulo da Nova Revolução Humana, volume 10, capítulo “Castelo do Debate”. Clique aqui e adquira seu exemplar.

Dia Mundial da Fotografia

O Dia Mundial da Fotografia é comemorado em 19 de agosto, data em que foi feito o anúncio oficial da invenção da fotografia pelo governo francês em 1839.

Os primeiros experimentos fotográficos não foram feitos para criar imagens, e sim para estudar óptica — uma área da física que busca compreender os fenômenos relacionados à luz.

O estudioso árabe Ibn Al-Haytham (945-1040) inventou a câmera escura para demonstrar como a luz poderia ser usada para projetar uma imagem em uma superfície plana. Em 1600, os artistas começaram a usar a câmera escura para ajudá-los a desenhar e pintar imagens mais detalhadas.

Foi somente em 1839 que a primeira câmera com um sistema moderno de fotografia permanente foi refinada e mostrada. Ela se chamava daguerreotype, nome vindo do seu criador Louis-Jacques-Mandé Daguerre.

A primeira notícia sobre fotografia apareceu no jornal Gazette de France, em 6 de janeiro de 1839 — um pouco antes de o governo francês anunciar a descoberta de Daguerre.

No entanto, no Brasil, seis anos antes, Hércules Florence fazia a primeira foto do mundo na cidade de Campinas, SP. Inclusive ele deu o nome de fotografia (foto = luz; grafia = escrita). Embora existam histórias como esta, o anúncio da invenção de Daguerre é que marca o Dia Mundial da Fotografia.

No Brasil, o Dia Nacional da Fotografia é comemorado em 8 de janeiro. A data celebra a chegada do daguerreótipo, o primeiro equipamento fotográfico comercial, ao Brasil em 1840. O dia também é conhecido como o Dia do Fotógrafo, homenageando os profissionais que eternizam momentos e eventos por meio da fotografia.

Fontes:

Site Resumo Fotográfico. Acesso em: 15 ago. 2021.

Site Jornal da USP. Acesso em: 15 ago. 2025.

Site Brasiliana Fotográfica. Acesso em: 18 ago. 2025.