Quem estuda o budismo na SGI é um filósofo

Tudo começa e termina na reunião de palestra

Desde a sua origem, o budismo sempre foi uma religião do diálogo e o estudo existe para inspirar as pessoas e mostrar o caminho mais curto para que transformem a realidade.

O presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, afirma: “O budismo começou a partir de um tipo de reunião de palestra [reunião de diálogo]. Quando Shakyamuni compartilhou pela primeira vez a essência de sua iluminação com outras pessoas, ele não o fez diante de uma grande assembleia, mas, sim, na forma de uma pequena ‘reunião de palestra’. Ele se sentou com cinco velhos amigos e conversaram de modo familiar e informal. Essa reunião de palestra, na qual os laços de mestre e discípulo foram primariamente formados, é realmente o início do budismo” (BS, ed. 1.990, 6 jun. 2009, p. A3).

Assim como Shakyamuni, Nichiren Daishonin propagava o budismo em meio a encontros em que se discutia soluções para os desafios pes­soais e sociais. Esses animados encontros não eram formais nem cerimoniosos e aconteciam na casa dos praticantes.

Hoje, na SGI, também praticamos o budismo em exato acordo com o Buda. Os Três Mestres da Soka Gakkai também propagaram amplamente o budismo de pessoa a pessoa dialogando. A Soka Gakkai sempre adotará este método de prática porque é o mais eficaz quando se trata de manifestar o estado de buda.

O estudo budista não se limita ao aprendizado solitário de teorias. É realizado por meio do diálogo e da prova real na vida diária. Como herdeira desse espírito comprometido com o diálogo, a SGI defende que no estudo feito por meio do diálogo está o caminho da autêntica prática budista.

A reunião de palestra é o auge da prática budista porque nela acontece o real fórum do encorajamento humano no qual o estudo toma forma e cumpre seu papel: melhorar a vida das pessoas do povo.

Não é preciso ficar traumatizado

Muitos de nós somos “traumatizados” por causa de experiências ruins nos anos escolares. Muitas vezes associamos o estudo com provas amedrontadoras, cálculos indecifráveis e conteúdos que nunca são utilizados na vida diária.

Mas tudo isso são “traumas” fáceis de superar. Ao tomar contato com o alegre estudo budista na SGI, descobrimos um novo mundo: nós nos deparamos com um método no qual o estudo é orgânico, vivo, aplicável e revigorante.

Ao aprender sobre shakubuku com nosso mestre, tomamos coragem e de fato fazemos shakubuku. Compreender o estado de buda, por exemplo, é experimentá-lo na vida real. Entender a revolução humana provoca simultaneamente uma mudança de mentalidade e energia que altera o cotidiano.

Estudar o budismo altera a vida diária e eleva a fé no Gohonzon criando uma espiral de alegria que muda nosso cotidiano.

Ikeda sensei orienta: “Não se torna feliz apenas porque se conhece o budismo. A chave é o que se faz com esse conhecimento ou com que propósito estuda o budismo” (Daibyakurenge, ed. 717, out. 2009, p. 12).

Estudamos para reagir corretamente

Estudamos os princípios budistas para termos força e sabedoria no momento de reagir ante às dificuldades.

Ikeda sensei ensina: “O estudo do budismo ensinado por Toda sensei sempre foi o ‘estudo do budismo na prática’ e ‘estudo do budismo pelo kosen-rufu’. Peço, mais do que nunca, que todos estudem e aprendam ao máximo sobre a justiça do budismo e solidifiquem o ponto primordial eterno da sua vida para jamais serem derrotados ou se afastarem da fé” (BS, ed. 2.238, 9 ago. 2014, p. A2).

Diante de um problema financeiro, por exemplo, qual princípio devo pôr em prática? Qual é a filosofia do presidente Ikeda? Como o Mestre pensou e agiu quando passou por isso? Esse é o “kyogaku de ação” — você estuda, incorpora o budismo e o aplica em cada tarefa até que a situação mude.

Estudamos, por exemplo, sobre transformar o carma para mudar o destino radicalmente. Simultaneamente, o estudo fortalece a fé e impulsiona a prática e daí nasce a energia da vitória.

Aprendendo a jamais ser derrotado na vida diária

O estudo budista provoca reação imediata. Estudar é agir.

Estudamos sobre maldade para decifrá-la e eliminá-la. Analisamos criteriosamente os “três obstáculos e as quatro maldades” para quê? Não importa muito se você decorou o nome de cada um deles. O que importa é assimilar que cada um é uma força negativa específica que surge para tirá-lo do caminho da felicidade.

Ao sentir o impacto de uma dessas maldades, você reage: “É uma das quatro maldades! Não há motivo para desespero. Eu me recuso a ser desencorajado por essa força porque o budismo ensina que é hora de me alegrar e iniciar agora mesmo uma batalha com fé recitando Nam-myoho-renge-kyo com máximo entusiasmo”. O estudo ajusta e fortalece sua forma de reagir.

Sólida convicção diante de tudo

Quem estuda na SGI adquire coragem e sabedoria para enfrentar desafios.

O mestre orienta: “Ao incorporarmos os profundos princípios filosóficos, adquirimos sólida convicção de que a esperança e a paz residem em nosso próprio coração, e nos dedicamos à própria felicidade e à dos outros. O estudo faz nascer a coragem para enfrentar dificuldades por meio do exemplo de Daishonin, que triunfou sobre enormes obstáculos e provações. Eis a chave do estudo prático budista: um estudo que se aplica à vida cotidiana. Tenhamos sempre isso em mente” (Terceira Civilização, ed. 485, jan. 2009, p. 54).

O estudo na Gakkai é empolgante. Jamais se prenda a detalhes teóricos — o importante é estudar os escritos de Nichiren Daishonin e as orientações dos Três Mestres Soka com um amplo estado de vida, se encantar, aprender e conectar a vida com o estado de vida deles. Ao fazer isso, agirá com rapidez seja para encorajar pessoas seja para tomar providências sobre a vida pessoal e organizacional.

O estudo da fé na SGI é o meio pelo qual flui a vida do mestre ao discípulo; é, portanto, um momento solene para assimilar e transformar a vida. Quando mais se toma contato com as obras do presidente Ikeda, mais forte fica nossa convicção e maior nossa certeza de vitória. Estudar, na SGI, é vencer!