marcar-conteudoAcessibilidade
Tamanho do texto: A+ | A-
Contraste
Conheça o Budismo
há 7 anos

Orar diante do Gohonzon

Para saber mais sobre o estudo desta edição, leia as respostas do Departamento de Estudo do Budismo (DEB) da BSGI

16/06/2018

Orar diante do Gohonzon

1 - Qual a diferença entre orar com o Gohonzon e sem o Gohonzon?

Ao iniciarem a prática budista, as pessoas oram com sinceridade mesmo sem o Gohonzon. Há também muitos membros que costumam recitar daimoku mentalmente onde quer que estejam, mesmo em meio a outros afazeres. É comum questionar se essa prática produz benefícios.

No budismo, todo daimoku recitado traz imensuráveis benefícios para a pessoa. Porém, o desejo de recitar daimoku diante do Gohonzon é fundamental.

A mente do ser humano oscila muito, e é certo que, quando não há um objeto para se concentrar, a atenção é desviada com mais facilidade, perdendo o objetivo da oração. O Gohonzon é o objeto de devoção para a observação profunda da mente.

A esse respeito, o presidente Ikeda nos orienta que Nichiren Daishonin inscreveu sua vida, inseparável da Lei Mística eterna, em uma forma gráfica para ajudar todas as pessoas a revelar o Gohonzon que possuem dentro de si. Ele o deixou (revelou) para nós como um tipo de espelho límpido a ser usado na prática diária para atingirmos o estado de buda.

Para quem não tem fé, o pergaminho pode ser apenas um pedaço de papel comum, mas para os devotos do Sutra do Lótus é o ponto central da vida.

A fé resoluta faz com que os efeitos surjam imediatamente, pois o Gohonzon é o objeto que representa a Lei contida na essência de todas as leis da natureza.

Recitar o Nam-myoho-rengue-kyo diante do Gohonzon, com sinceridade, dá acesso livre e rápido à fonte inesgotável de benefícios.


2 - Nichiren Daishonin fala sobre a fusão de nossa vida com o Gohonzon. O que isso significa?

A palavra Kyochi-myogo é um princípio budista que significa “fusão da realidade e da sabedoria”.

Ikeda sensei esclarece: “Recitar Nam-myoho-renge-kyo é louvar, da maneira mais elevada, o Gohonzon que Nichiren Daishonin revelou. Ao mesmo tempo, é enaltecer o Gohonzon e o estado de buda que existe em cada um de nós. Quando enaltecemos e louvamos a vida do buda dessa maneira, nosso estado de buda se manifesta.

Daishonin diz que “aflora e se manifesta”. Somos nós que evocamos ou fazemos surgir nosso estado de buda que, por sua vez, responde ao nosso desejo e ao nosso chamado. O estado de buda não é algo que nos é “concedido de fora”, somos nós que o fazemos manifestar. É um caso de fusão entre o Gohonzon e nós próprios (Terceira Civilização, ed. 430, jun. 2004, p. 18).

Esta fusão (kyochi-myogo, em japonês) refere-se à união de pessoa (ou sabedoria subjetiva) e objeto de devoção (ou realidade objetiva).

A recitação do Nam-myoho-renge-kyo, com fé, permite a vida de cada pessoa tornar-se una com a vida do buda representada no Gohonzon.

Nos Últimos Dias da Lei, quando recitamos daimoku ao Gohonzon, a vitalidade pura e poderosa do estado de buda surge em nós por meio do princípio da fusão entre a pessoa e o objeto de devoção.

O presidente Ikeda conclui:

“Todas as divindades ou funções budistas do universo se mobilizam em resposta a nossa voz e atuam nos protegendo. (...) Com profunda convicção no Gohonzon que possuímos, o Myoho-renge-kyo interno ressoa com o Myoho-renge-kyo externo, e assim nosso próprio estado de buda se manifesta” (Ibidem).

Essa fusão é a conquista do estado de buda.

Compartilhe