Primeiros passos para poupar e investir

Na matéria anterior, aprendemos a organizar as finanças. Agora é hora de dar o próximo passo e entender como guardar dinheiro e investi-lo.

Antes de tudo, por que poupar?

Poupar é reservar recursos no presente para usá-los no futuro, seja para emergências, para ter uma velhice confortável ou para realizar grandes sonhos, como uma viagem para o exterior. O hábito de guardar dinheiro se constrói com disciplina e definição das prioridades.

Como a poupança se forma

Quando a renda não é totalmente utilizada, o valor que sobra pode se transformar em poupança. O montante depende diretamente da relação entre o que você ganha e o que gasta. Para aumentar o nível da poupança, existem duas alternativas: elevar a renda ou reduzir os gastos.
Antes de pensar em investir, é essencial proteger sua poupança. Isso significa evitar dívidas com juros altos (como cartão de crédito e cheque especial), atrasos no pagamento de contas e gastos com itens supérfluos.

Certa vez, o presidente Ikeda orientou de forma rigorosa:

O kosen-rufu é uma longa e extensa jornada na qual se avança passo a passo, abrindo caminho em meio à realidade da sociedade. Neste trajeto, haverá vários tipos de grandes ondas, como crises financeiras, que afligirão a vida diária. Por isso mesmo, além de traçar planos claros no longo prazo no tocante a como se manter, é especialmente importante haver esforços para solidificar a base financeira. É um erro pensar “Tudo vai dar certo porque estou fazendo a prática da fé”. Budismo é razão.¹

Poupança versus investimento

É importante entender que poupança é apenas o valor que sobra após pagar as despesas, enquanto investimento é a aplicação desse valor para gerar rendimentos. A tradicional caderneta de poupança é apenas uma das muitas formas de investimento.

Conheça três fatores que definem qualquer investimento:

• Liquidez: tem a ver com a facilidade de acessar o dinheiro aplicado. É um ponto importante de ser observado, pois algumas aplicações só permitem sacar o dinheiro depois de alguns meses ou até anos.
• Risco: é o quanto você pode perder ou ganhar com aquele investimento. Em geral, quanto maior o retorno, maior é o risco de perder.
• Rentabilidade: indica quanto seu dinheiro vai render ao longo do tempo. Normalmente, a rentabilidade é maior quanto mais tempo você deixar o dinheiro investido.

Saber qual é o seu perfil investidor ajuda na hora de escolher o investimento:

• Perfil conservador: busca segurança, aceita rentabilidade menor
• Perfil moderado: busca equilíbrio entre a segurança do dinheiro e o retorno financeiro
• Perfil arrojado: aceita altos riscos para maximizar os ganhos

Objetivos e prazos

Estabelecer para que e quando vai usar o dinheiro é fundamental antes de investir. Metas de curto prazo exigem alta liquidez, enquanto as de longo prazo permitem investimentos mais arriscados e potencialmente mais rentáveis. Caso tenha interesse em se aprofundar nesse assunto, vale a pena buscar orientação de um profissional.

Conclusão

A organização financeira começa com o controle da receita e das despesas, evitando, principalmente, gastos desnecessários e dívidas.

O hábito de poupar regularmente cria uma reserva para imprevistos e oportunidades, enquanto investir permite que o dinheiro trabalhe a seu favor, pois ele irá render sem que você tenha que fazer algo para isso.

Disciplina e planejamento são essenciais para alcançar a segurança e a estabilidade financeira.

Agora que você já entende mais sobre o assunto, que tal começar a se organizar financeiramente?

Nota:

1. IKEDA, Daisaku. Nova Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2021, vol.29, p.157.

Referência:

https://sejaefi.com.br/blog/tipos-de-investimentos