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Nova Revolução Humana
há 7 anos

Capítulo - “Ilha da Vitória”

Volume 28, Partes 41 a 44

13/10/2018

Capítulo - “Ilha da Vitória”

PARTE 41

Durante a 1ª Conferência de Representantes do Departamento das Ilhas Remotas foi anunciada a criação da função de “responsável pela localidade” (chiikicho) e foram apresentados os líderes de Atamioshima, Kikaishima e Yakushima.

O “responsável pela localidade” de cada ilha era a pessoa central que se responsabilizaria pelo seu desenvolvimento e pelo kosen-rufu ressaltando as características específicas locais.

Shin’ichi Yamamoto também foi se despedir dos membros que partiriam de volta à sua localidade com o encerramento da conferência.

Ele dirigiu algumas palavras e incentivou cada um dos companheiros que subiam no ônibus com o desejo de despertar seu espírito.

— Em relação às ilhas, só tenho os senhores com quem posso contar. O avanço do kosen-rufu delas será proporcional à atuação e aos diálogos promovidos por todos. Vou orar com o máximo das minhas forças pela sua saúde e pelo seu empenho e também pela prosperidade das ilhas. Continuarei a enviar daimoku dia e noite para todos. Nosso coração estará sempre junto. Eu os observarei e zelarei por todos para sempre. Com o sentimento de que são os que protegerão as pessoas da ilha, peço que avancem unidos imbuídos de rico bom senso e amplo coração. Gostaria que se tornassem uma frondosa árvore da confiança que envolve o povo da ilha.

Todo o kosen-rufu se inicia a partir do levantar de uma única pessoa. Nesse dia, os associados das ilhas remotas deram abertura ao novo portal do segundo capítulo da história do kosen-rufu.

Após se despedir dos participantes, Shin’ichi disse a Seiji Mitsushima e demais líderes do Departamento das Ilhas Remotas:

— Até que se estabeleçam as bases do kosen-rufu de cada ilha, os líderes do Departamento das Ilhas Remotas devem percorrer todas elas e empenhar o máximo de esforços para incentivar os membros. Eu também farei isso. E continuarei a incentivá-los na oportunidade que tiver.

Exatamente como disse, Shin’ichi Yamamoto visitou Okinawa em 2 de fevereiro, dois dias após retornar de Hong Kong, e ainda foi para as ilhas de Oshigakijima e Miyakojima, onde registrou fotos comemorativas com os membros. Foi ao Festival de Yaeyama e ao Festival Cultural Tradicional de Miyako, em que também participavam os amigos locais, e dançou junto com eles.

Ele realizou cerimônias em memória dos falecidos e de início de obras das sedes regionais. Efetuou doação de livros para a escola de ensino fundamental 2 de Iriomotejima e para a escola de ensino fundamental 1 de Irabujima, e ainda dialogou de modo informal com todos.

Os diversos eventos em que interagiu com os moradores se tornaram um verdadeiro modelo que indicava o princípio de “budismo é sociedade”. Ao se estabelecer um exemplo, inicia-se a correnteza.


PARTE 42

No início, o Departamento das Ilhas Remotas tinha um responsável e dois vice-responsáveis, e posteriormente foram nomeados responsáveis desse departamento pelas áreas Kyushu e Okinawa.

Ao verificarem a situação real das ilhas remotas, eles se surpreenderam que havia membros da Gakkai na maioria das cerca de 400 ilhas habitadas. Contudo, não eram poucas as ilhas que tinham somente uma ou algumas famílias. De fato, os companheiros das ilhas estavam se levantando sozinhos e promovendo uma batalha solitária empunhando a tocha do espírito Soka.

Os líderes do Departamento das Ilhas Remotas sentiram profundamente a necessidade de lhes estender a mão com seus incentivos.

A começar por Nakajima, da província de Ehime, eles percorreram ilhas como Goshourajima, da província de Kumamoto, Amamigunto, de Kagoshima, Izu-Oshima e Hachijojima, de Tóquio, e Sugamashima e Tshijima, de Mie, e dedicaram incentivos com todas as suas forças.

Quando realizavam a visita às ilhas, solicitavam aos líderes das respectivas províncias que os acompanhassem. Apesar de serem da mesma província, alguns conheciam as ilhas pela primeira vez. Não aproveitavam as chances de ir até lá pelo fato de às vezes não conseguir retornar no mesmo dia ou de não saber quando poderiam voltar se o mar ficasse revolto.

No entanto, ao verem a luta dos líderes do Departamento das Ilhas Remotas, que se esforçavam em percorrer todas as localidades, houve uma mudança na consciência dos responsáveis pelas províncias e também da liderança central. Isso se transformou na oportunidade para reconfirmar a postura básica que cabe aos líderes de destacar as pessoas que atuam nas mais árduas condições, louvá-las, incentivá-las e estender-lhes esperança e convicção da fé. E assim surgiu a corrente das frequentes visitas às ilhas remotas.

O responsável pelo Departamento das Ilhas Remotas, Seiji Mitsushima, e demais líderes percorreram as ilhas de Kumejima, Miyakojima, Ikemajima, Irabujima, Iriomotejima e Ishigakijima de Okinawa em março, mês seguinte à da visita de Shin’ichi Yamamoto à província, carregando o registro cinematográfico dessa viagem que acabava de ficar pronto. Eles estavam imbuídos de elevado espírito: “Vamos transmitir o aspecto da visita de sensei às localidades como Ishigakijima e Miyakojima e provocar ondas de alegria!”.

Realizaram eventos com nome criativo como “Encontro de Projeção” ou “Tarde de Palestra e Cinema”. Essas atividades se tornaram momentos agradáveis de entretenimento e significado com a participação de convidados.

Provocar uma ação imediatamente sem perder o momento certo — essa rápida reação e esforços criam a melhor oportunidade para abrir amplamente a correnteza do kosen-rufu.


PARTE 43

Para os líderes do Departamento das Ilhas Remotas, tudo era surpresa e emoção nas visitas a cada uma das localidades.

No primeiro dia em Iriomotejima, foram realizadas atividades como reunião de exibição de filme na Comunidade Ohara, localizada na região oriental da ilha.

Foi exibido o filme-registro da visita de Shin’ichi Yamamoto a Okinawa. Chegou-se à cena da dança makiodori do festival Yaeyamasai, exibida em Ishigakijima. Essa dança havia sido apresentada pelos membros da Comunidade Ohara, e ao ser projetada a imagem de Shin’ichi vestido de happi (espécie de colete) e com hachimaki (faixa de tecido) na cabeça, dançando junto com eles de mãos dadas, inesperadamente houve manifestação de grande alegria e intensos aplausos.

Mesmo após o término da exibição, as pessoas relatavam com lágrimas nos olhos a emoção daquele dia e a decisão feita naquela ocasião.

No dia seguinte era preciso se locomover para a Comunidade Iriomote, situada na região ocidental da ilha. No entanto, como não havia nenhuma estrada para a região, decidiram alugar um pequeno barco denominado sabani.

Choei Shimamori, que era o responsável por Iriomotejima, disse:

— Normalmente, nós vamos a Ishigakijima do porto de Ohara, região oriental da ilha. Pernoitamos lá e partimos de barco no dia seguinte para o porto de Funaura, região ocidental. Só há uma viagem por dia de ida e volta de Ishigakijima para o porto de Funaura. Desta vez, alugamos um barco para economizarmos tempo. Talvez balance um pouco.

Nesse dia, havia sido emitido um alerta de fortes ventos e altas ondas no mar. Todos subiram na embarcação com capa de chuva e ainda se cobriram com uma manta impermeabilizante antes de se segurarem firmemente na borda.

Apesar disso, foram sacudidos pelas ondas agitadas e suas roupas ficaram encharcadas devido aos respingos. Foi uma viagem de uma hora abraçando o projetor e o filme com a forte determinação de não deixá-los molhar. Do porto de Funaura, eles seguiram ao local da atividade alugando um caminhão.

Como a estrada era irregular, o veículo balançava muito e vira e mexe os corpos pulavam. O líder do Departamento das Ilhas Remotas pensou: “As pessoas de Iriomote fazem atividades em meio a uma situação destas! É totalmente diferente dos bairros de Tóquio, onde se caminharmos por cerca de 10 minutos ultrapassamos os limites de uma comunidade da organização. Se ficarmos lamentando que realizar as atividades em Tóquio é difícil, as pessoas de Iriomote rirão de nós”.

Adversidades se tornam o melhor local de treinamento para o exercício budista. Quanto maiores as dificuldades vividas, maiores serão os benefícios.


PARTE 44

Em abril, os líderes do Departamento das Ilhas Remotas foram para Rebunto e Rishirito, de Hokkaido, que dentre as ilhas do Mar do Japão são as que ficam mais ao norte. Nesses locais, foi feita a exibição do filme Revolução Humana. Cerca de 150 pessoas em Rishirito, e mais de trezentas em Rebunto se reuniram para assisti-lo.

Nessa ocasião, como parte das atividades comemorativas do 23º aniversário de fundação do jornal Seikyo Shimbun, realizou-se uma doação de mais de mil livros para a Escola de Ensino Fundamental 1 de Rebun, da cidade de Rebuncho.

Ficou decidido ainda que o responsável pelo Departamento das Ilhas Remotas e demais líderes visitariam Chichijima do arquipélago de Ogasawara em maio.

Ogasawara está localizada no Oceano Pacífico, mil quilômetros ao sul de Tóquio, sendo formado por Chichijima e mais de trinta outras ilhas como Hahajima, Iojima e Minamitorishima. Em 1944, com o agravamento da Guerra do Pacífico, os cerca de 7 mil habitantes das ilhas foram evacuados compulsoriamente para a ilha principal e outras localidades. Dentre essas ilhas, Iojima foi palco de uma intensa batalha contra as tropas norte-americanas. Grande parte dos aproximadamente 22 mil soldados da guarnição morreram em combate. Dizem que as tropas americanas também tiveram quase 7 mil combatentes mortos e 18 mil feridos.

Após a guerra, Ogasawara ficou sob os direitos administrativos dos Estados Unidos e só foi devolvida [ao Japão] em junho de 1968, 24 anos após a evacuação compulsória. Com isso, os antigos moradores foram retornando às ilhas e a chama do kosen-rufu foi acesa. E por volta de 1974 as campanhas de propagação estavam sendo promovidas ativamente na região.

As ilhas de Ogasawara são quentes o ano inteiro, e lá não há o período de chuvas prolongadas como acontece no meio do ano em quase todo o Japão. Existem muitos seres vivos que se desenvolveram de forma peculiar nessas ilhas e por isso também é chamada “Galápagos do Oriente”. A rica e bela natureza local foi preservada e é possível visua­lizar baleias e golfinhos nos mares ao redor. No entanto, nessa época havia somente uma viagem semanal de ida e volta para Ogasawara que partia do terminal Takeshibasanbashi, em Tóquio. Cada percurso era de 38 horas, ou seja, uma viagem de navio de três dias de duração.

Diante do comunicado da viagem a Ogasawara que recebeu do Departamento das Ilhas Remotas, Shin’ichi Yamamoto disse:

— Por favor, vão em meu lugar. Peço que incentivem todos ao máximo, imbuídos de grande convicção, ponderando sempre: “Se fosse o presidente Yamamoto, o que ele faria?”. É somente agindo com o espírito de unicidade de mestre e discípulo que se consegue evidenciar uma grandiosa força.

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