O Brasil vencerá toda grande batalha

Em março de 1974, o presidente Ikeda tinha planos de visitar o Brasil. No entanto, seu visto de entrada no país foi rejeitado pelas autoridades. Replanejando a viagem, seguiu para os Estados Unidos e lá participou de uma convenção no Havaí. Ele sabia quanto os brasileiros gostariam de recebê-lo, e no dia do evento, conseguiu tempo para conversar com representantes do Brasil que estavam presentes na atividade, encorajando-os a fazer daquele sofrimento felicidade. Na Nova Revolução Humana [Shin’ichi Yamamoto pseudônimo de Daisaku Ikeda no romance] relembra esse encontro.

“Ele [Shin’ichi] sorriu e começou a falar:

— Estou sempre recitando daimoku pela sua felicidade e prosperidade. Os brasileiros, em particular, nunca estão fora do meu pensamento nem por um instante.

Um dos membros disse:

— Sensei, sentimos muito. O senhor não pôde nos visitar porque falhamos em comunicar adequadamente às autoridades do governo sobre a Soka Gakkai e não conseguimos ganhar a confiança e a compreensão delas.

Shin’ichi respondeu:

— O mais importante é vocês ganharem a compreensão e a confiança do povo brasileiro para o seu próprio bem e não para o meu. Nossa fé nos permite transformar qualquer veneno em remédio. Por isso, declaro aqui e agora que o Brasil triunfará. O Brasil vencerá uma grande batalha”. (BS, ed. 2.187, 13 jul. 2013, p. C2)

Combustível para a vitória

“O conceito de ‘transformar o veneno em remédio’ refere-se ao poder do budismo de transformar sofrimento em felicidade, o que pode ser comparado a um médico especializado aplicando uma substância tóxica para conseguir o efeito medicinal positivo.

A fé e a prática budista fornecem a energia essencial para tal transformação. Quanto maior o sofrimento, maior a alegria e a felicidade que se obtém quando ele for transformado.

Ele aumentou o tom de voz:

— Sofrimentos e dificuldades são o trampolim para vencer na vida. Quando decidimos encarar e desafiar nossas dificuldades, recitamos fervorosamente daimoku e nos envolvemos completamente em resolver o problema. Nesse processo, alcançamos nossa força máxima e polimos e treinamos a nós mesmos. Isto nos impulsiona para a vitória. Por esse motivo, parabenizo os membros brasileiros que estão enfrentando as mais desafiadoras circunstâncias. A razão pela qual nos comovemos por filmes e novelas que têm final feliz é que o protagonista passou por todos os tipos de problemas para chegar à solução. Todos vocês estão atuando no grande drama do kosen-rufu. Sem atribulações não haveria história. Obstáculos são combustíveis para a vitória”. (Ibidem)

Um único coração

“Shin’ichi olhou atenciosamente para os jovens representantes e disse:

— O budismo ensina o princípio de transformar o veneno em remédio. Quando os membros de uma região ou de um país se levantam com um único coração, com certeza são capazes de quebrar barreiras e expandir ainda mais o círculo do entendimento sobre o nosso movimento. Isso é o que capacitará o kosen-rufu a se desenvolver enormemente no século 21. Isso é budismo. Hoje, nossa organização no Brasil está firmando suas raízes para um futuro de expansão e crescimento. Fincar raízes é um trabalho árduo, mas quando uma planta está bem enraizada, ela fornece novos brotos, o caule se forma e, por fim, exuberantes flores se abrem. Precisamos fazer este tempo chegar. Não aceitem a derrota em nenhuma circunstância.

Em seguida, ele tirou uma foto comemorativa com os membros brasileiros”. (Ibidem)

Tal direcionamento fez surgir a coragem no coração daquelas pessoas e, conforme o presidente Ikeda sugeriu, o Brasil triunfou diante das circunstâncias. Em fevereiro de 1984, ele pisava novamente em terras brasileiras tendo seus esforços  em prol da paz reconhecidos pelas autoridades. Essa conquista nasceu dos esforços contínuos dos associados que, impulsionados pelo desejo de transformar o veneno em remédio, corresponderam sinceramente os anseios do Mestre.

Aprenda com a NRH

Utilizamos trechos do capítulo “Correntes” do volume 22 do romance Nova Revolução Humana publicado no BS.